Alagoas
Dignidade: MPAL minimiza carência de população de rua com serviços especializados em mutirão

Em defesa dos menos favorecidos, da população de rua desprovida de acesso aos direitos fundamentais e carente de inclusão, o Ministério Público de Alagoas (MPAL) marcou presença, com atendimentos específicos, no 2º Mutirão Pop Rua Jud, ocorrido na Praça Deodoro, no centro de Maceió, nesta terça-feira (6). O evento, de iniciativa da Justiça Federal, foi coordenado pelo juiz Antônio Araújo.
Com outros órgãos de todas as esferas, o MPAL levou para a praça cidadania na busca pelo respeito a quem vive em situação de total vulnerabilidade e, consequentemente, à mercê de todas as violências. No local, as promotoras de Justiça Alexandra Beurlen e Marluce Falcão e equipes recepcionaram as pessoas para uma escuta acolhedora, bem como para ajudar a encontrar parentes desaparecidos. Durante o evento foi registrada a presença do diretor do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça (Caop), José Antônio Malta Marques, e da procuradora de Justiça Silvana Abreu.
Marluce Falcão, coordenadora do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos e Apoio às Vítimas de Crime (NDDH) e do Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (PLID), ressalta o trabalho do MPAL no mutirão.
“É a segunda vez que o Ministério Público participa do mutirão Pop Rua Jud para proporcionar àquelas pessoas em situação de vulnerabilidade um atendimento especializado. Por exemplo, ouvimos, por meio da escuta acolhedora, pessoas desamparadas social e financeiramente, de forma que possamos posteriormente encaminhá-las para um atendimento também específico. Mas, também temos o Plid, direcionado às famílias que procuram por pessoas desaparecidas, recepcionando outras e estas saindo do local com procedimentos instaurados, inclusive, podendo obter informações sobre o paradeiro do ente querido. O atendimento às pessoas vulneráveis é de extrema importância, pois sabemos das dificuldades de acesso aos órgãos públicos e aos serviços. Aqui, todos estão concentrados e temos a oportunidade de saber quais as necessidades. O Ministério Público está de parabéns pelo envolvimento nesta festa da cidadania, alcançando, exatamente, aquela população extremamente vulnerável”, declara.
Titular da Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos, Alexandra Beurlen destaca a falta de políticas públicas para amenizar as necessidades da população de rua.
“Um mutirão como esse é muito importante para que possamos mostrar como as políticas deveriam funcionar diariamente. A atuação do Ministério Público mostra a eficácia da nossa atuação na cobrança dessas políticas, pois se elas funcionassem como está acontecendo hoje, obviamente não precisaríamos juntar tantos órgãos e fazer um mutirão. Mas, é justamente para mostrar que essa integração é essencial para assegurarmos os direitos às pessoas em situação de rua e que outras políticas higienistas além de violarem os direitos humanos são iníquas e desnecessárias. Serve também para a sociedade enxergar a dimensão de carência do serviço público para essas pessoas”, destaca.
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