A mídia norte-americana já está demonstrando seu temor pelo míssil de cruzeiro hipersônico russo, o Tsirkon, e, honestamente, não é difícil entender o porquê. A Sputnik explica.

O míssil de cruzeiro hipersônico Tsirkon, de nove metros de comprimento, foi projetado especificamente para atingir navios inimigos, mas também possui a capacidade de atingir alvos terrestres.

Graças à sua trajetória de voo em baixa altitude e à ampla capacidade de manobra, o Tsirkon pode penetrar todos os sistemas de defesa aérea atuais da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), incluindo o Patriot norte-americano equipado com interceptadores terra-ar.

De acordo com os desenvolvedores russos, ele é um dos mísseis mais rápidos já fabricados, capaz de atingir velocidades de até Mach 9, o que equivale a mais de 11.100 km por hora, sendo cerca de nove vezes mais rápido que a velocidade do som e quase 11 vezes mais rápido que os mísseis de cruzeiro Tomahawk desenvolvidos pela norte-americana General Dynamics.

Além de sua velocidade impressionante, o Tsirkon é totalmente furtivo. Sua carcaça é revestida com um plasma especial que absorve ondas de rádio, tornando-o invisível aos sistemas de radar ativos inimigos.

Para além de todas as capacidades avançadas da tecnologia do Tsirkon, o míssil também possui a capacidade de transportar ogivas convencionais e nucleares, podendo ser lançado de navios de superfície e submarinos a uma altitude de cerca de 30 km e com um alcance de até 1.499 km.

O presidente russo Vladimir Putin elogiou o Tsirkon como uma arma "sem análogos em nenhum país do mundo", afirmando que ela protegeria a Rússia de forma confiável contra potenciais ameaças externas.

A combinação de velocidade, furtividade e capacidade de manobra torna o Tsirkon uma ameaça significativa para os sistemas de defesa aérea da OTAN e um recurso estratégico importante para a Rússia.