Internacional
Decisão de retirar Hungria do TPI demonstra que Orbán não se submete à UE e OTAN, diz analista

A retirada do Tribunal Penal Internacional (TPI) tem como objetivo demonstrar aos eleitores que o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, protege os interesses nacionais, disse à Sputnik Vadim Trukhachev, professor associado do Departamento de Estudos Regionais Estrangeiros da Universidade Estatal Russa de Humanidades (RGGU, na sigla em russo).
O interlocutor da Sputnik destacou que o primeiro-ministro húngaro não se submete à União Europeia (UE) e à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), ao contrário da oposição.
"Essa decisão é direcionada principalmente para dentro da Hungria. É uma demonstração para seus próprios eleitores de que Orbán, ao contrário da oposição euro-atlântica que pode chegar ao poder no próximo ano [...], não renuncia aos interesses de seu país, não se curva à UE e à OTAN em todas as ocasiões", ressaltou o analista.
Segundo Trukhachev, o TPI é administrado por países europeus, enquanto os EUA, a China, a Rússia ou Israel não reconhecem sua jurisdição.
Assim, lembrou o especialista, no início de abril, Orbán recebeu na Hungria o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, cujo mandado de prisão foi emitido anteriormente pelo TPI.
"Trata-se, acima de tudo, de uma demonstração de independência da burocracia europeia, tanto fora quanto, principalmente, dentro do país", acrescentou.
Assim, finalizou o analista, a decisão de se retirar do TPI não terá consequências graves para a Hungria, mas a oposição interna tentará acusar Orbán de se alinhar com a Rússia e a China em vez de seguir o curso pan-europeu.
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