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Astrônomos detectam exoplaneta em desintegração com cauda de cometa (FOTOS)

Por Sputinik Brasil 25/04/2025
Astrônomos detectam exoplaneta em desintegração com cauda de cometa (FOTOS)
Foto: © NASA . NASA/ ESA/ G. Bacon (STScI)

Os astrónomos descobriram um exoplaneta que está literalmente colapsando diante de nossos olhos.

As observações mostraram uma cauda de detritos que acompanha a rotação do planeta e permitiram descobrir quando ele entrará completamente em colapso, diz um estudo publicado na revista Astrophysical Journal Letters.

O exoplaneta incomum foi descoberto pelo telescópio espacial TESS, cujo objetivo é descobrir planetas em outras estrelas pelo chamado método de trânsito. O método consiste em rastrear a diminuição periódica do brilho das estrelas à medida que os planetas passam na sua frente.

A descoberta do planeta chamado BD 05 4868 Ab aconteceu quase por acidente. Normalmente, o planeta em trânsito deixa uma curta falha simétrica no gráfico da curva de luz da estrela, que se repete com uma determinada periodicidade - isso indica a sua passagem regular na frente da estrela.

Analisando a curva de luz da estrela BD 05 4868 A, que se situa a 140 anos-luz da Terra na constelação de Pégaso, os cientistas notaram que as quedas de brilho observadas a cada 30,5 horas não eram simétricas e exigiam muito mais tempo para que o brilho retornasse aos valores habituais. Isto indicava a presença de uma longa cauda atrás do planeta, também obscurecendo a luz da estrela. Além disso, com cada passagem, a profundidade da queda mudava, o que indicava que a forma do objeto que bloqueava a luz era inconstante.

Os cálculos mostraram que a temperatura do planeta chega a 1.600 graus Celsius, pois o BD 05 4868 Ab se situa 20 vezes mais perto da estrela do que Mercúrio do Sol. Por essa razão, a sua superfície representa um magma derretido que voa para o espaço sideral.

Planeta do tamanho de Mercúrio evapora em dança ardente com sua estrela gigante. Um planeta de lava escaldante, o BD 05 4868 Ab, a 140 anos-luz de distância, está se desintegrando em uma corrida cósmica, perdendo massa equivalente ao Monte Everest a cada 30,5 horas.

Com temperaturas tão elevadas, todos os minerais na superfície do planeta derretem, evaporam e são levados em pedaços para o espaço, onde se esfriam formando longas filas de detritos.

Segundo os cientistas, a causa da destruição é a baixa massa. Planetas mais massivos semelhantes à Terra têm uma maior força de atração que pode manter a atmosfera ao seu redor. De acordo com pesquisadores, a gravidade no planeta não é suficiente para o manter inteiro.

Cálculos mostraram que, em cada rotação ao redor da estrela, o planeta perde massa equivalente à do Monte Everest. Tendo em contra isso, os cientistas previram que em cerca de 2 milhões de anos o planeta se desintegrará completamente.