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Equipe Cariri Cangaço visita 2ª casa da família de Lampião e lança campanha pela revitalização do espaço
Pesquisador alagoano José Bezerra integrou a caravana coordenada pelo professor e historiador Aderbal Nogueira

Uma caravana de pesquisadores do cangaço, liderada pelo professor e maior estudioso do cangaço nordestino, Aderbal Nogueira realizou uma visita ao local onde existiu a segunda casa da família de Virgulino Ferreira, na fazenda Poço do Negro em plena caatinga em Serra Talhada (PE).
No local, o historiador Aderbal Nogueira ressaltou a importância da preservação e revitalização do espaço. O pesquisador do cangaço, natural de Craíbas- AL, e um dos descendentes dos Nazarenos, José Bezerra, falou da importância da preservação de revitalização da antiga casa, que servirá de atrativo para pesquisadores do cangaço.
Para a concretização desse projeto, é necessário a autorização do proprietário da fazenda e a participação da iniciativa privada, em uma ampla campanha através das redes sociais.
A casa onde na frente foi plantado por um dos irmãos de Lampião, um pé de umbu-caja, ainda existente com uma placa identificando a espécie e quem plantou. O pesquisador José Bezerra, ressaltou a importância histórica do local afirmando que, para conhecer a história do cangaço no Nordeste é preciso conhecer a sua geografia em todos os recantos e detalhes.
No local, estão os escombros com a sinalização dos cômodos, que se constituiu na segunda morada de seu Zé Ferreira e os filhos; Antônio, Virgulino, Levino e a esposa. Após as primeiras desavenças entre os filhos de Zé Ferreira e Zé Saturnino, quando não mais seria possível à família Ferreira permanecer morando na antiga Vila Bela; na Passagem das Pedras.
Em razão das desavenças ameaças e confrontos armados, acabaram se mudando para o Poço do Negro, a cerca de 2 km do centro da Vila de Nazaré. Ao se estabelecerem no local, era iniciado um dos mais violentos e sangrentos conflitos que se tem notícia na historiografia do cangaço; Lampião contra os Nazarenos, Nazarenos contra Virgulino e seu bando de cangaceiros.
O caminho entre a entrada da fazenda próximo a um assentamento, até o local exato onde outrora existia a casa original é de cerca de 400 metros, seguido em fila indiana pela caravana Cariri Cangaço.
No cenário da segunda morada do cangaceiro mais famoso da história, só restam escombros, restos de tijolo e telha, pedras e o "velho pé de umbu cajá", plantado ainda pelos filhos de Zé Ferreira ao chegar ao Poço do Negro.
Visitar e revisitar pesquisar todos esses cenários que fizeram parte do ciclo do cangaço em 20 anos no Nordeste, notadamente de Virgulino Ferreira, volantes e coiteiros, se consegue se aprofundar ainda mais nossa busca por fragmentos da verdade histórica.
Com esse desafio, o Cariri Cangaço dá um passo gigante na direção de pagar uma dívida de gratidão e respeito a Nazaré do Pico, colocando essa corajosa Vila em no lugar de destaque dentro do turismo sertanejo e da busca do conhecimento e novos fatos da história do cangaço no Nordeste.

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