Brasil
Deputados da base que apoiaram urgência da anistia romperam com o governo Lula, defende líder do PT

Em entrevista à GloboNews nesta terça-feira (15), o deputado federal e líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), criticou os 146 parlamentares de partidos da base do governo que assinaram o pedido de urgência para o projeto de lei que concede anistia aos presos pelo 8 de janeiro de 2023.
O líder petista ainda acusou os deputados de oportunismo e defendeu que o Palácio do Planalto realizasse cobranças diretas. "Não é o governo que está retaliando, é o deputado que está fazendo opção de romper com o governo. Não é razoável o governo aceitar alguém que queira anistiar quem tentou matar o Lula", declarou ao canal.
Além disso, Faria defendeu que o grupo se associou a "um projeto criminoso de rasgar a Constituição para tentar uma anistia de toda força para [o ex-presidente Jair] Bolsonaro".
Os parlamentares que assinaram a urgência fazem parte de partidos que contam com ministérios — são eles: União Brasil, PSD, MDB, Republicanos e PP. Apesar disso, Lindbergh Farias enfatizou que o pedido não significa necessariamente que o texto está mais próximo de ser aprovado pelo Congresso Nacional.
"Sabe quantos projetos têm com assinaturas para requerimento de urgências? 2.245. Agora, temos 2.246", questionou.
O que significa a urgência para o projeto da anistia?
Com o regime de urgência aprovado, o projeto de lei não precisa passar pelas comissões da Câmara e, diante disso, vai direto para votação no plenário. Porém, é necessário que o texto seja pautado na ordem do dia de discussão pelo presidente da Casa, o deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB), que viajou para o exterior e só deve voltar após o feriado de Páscoa.
O texto prevê a anistia aos condenados pelos atentados contra a sede dos Três Poderes em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023, dias após Lula tomar posse. Ainda há expectativa de que, caso a proposta seja aprovada pelo Congresso, possa beneficiar Bolsonaro e os demais envolvidos na ação judicial que investiga a tentativa de golpe de Estado no Brasil.
Porém, a expectativa é que o projeto passe por uma "maquiagem" ao longo da tramitação. O presidente da Câmara, o deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB), já sinalizou que não pretende comprar uma briga com o Supremo e nem votar o texto do jeito que está, razão pela qual o partido tem feito um esforço para suavizar o teor do texto, deixando-o mais leve e objetivo, de acordo com o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).
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