Política
Aulas de música e dança estimulam aprendizado de alunos de escola municipal
Os alunos da Escola Municipal Nosso Lar, localizada na Levada, participam das atividades do tempo integral, realizadas no contraturno das aulas de música e de dança, teatro, prática de esportes, capoeira e apoio pedagógico. A participação contribui para a melhoria do aprendizado e a mudança de comportamento, porque além de estimular a criatividade das crianças, elas desenvolvem aptidões que antes sequer eram percebidas.
O professor Luciano Peixoto se dedica há 29 anos a ensinar música. O docente acompanha a transformação no comportamento dos alunos que entraram para o coral da escola. “Eles vão gostando da aula e vão percebendo que a música não é só feita de cantar, mas também de fazer interatividade e socialização”, afirma.
Ao todo, 60 alunos dos dois turnos da unidade de ensino, participam das aulas de música. Uma delas é a estudante de 10 anos, Jéssica Débora. “Eu não sabia cantar, era muito enrolada, não fazia quase nada certo. Quando eu comecei a cantar, comecei a desenrolar, fiquei desinibida. Antigamente, eu falava muito alto, não sabia cantar. Aprendi a cantar e isso fez toda a diferença”, conta.
O professor de música relata que o trabalho com o coral estudantil propiciou aos alunos, além de terem mais disciplina, participarem de atividades fora da escola, como o projeto de Natal da Prefeitura de Maceió com a apresentação junto à Orquestra Filarmônica de Alagoas. “Também já estamos trabalhando o projeto Djavanear, que pretende trabalhar a música do cantor alagoano Djavan de forma interligada com as outras atividades do tempo integral”, ressalta.
O projeto foi idealizado pela diretora da escola, Gilda Verbenia, e visa envolver as outras linguagens trabalhadas na unidade de ensino. “Quando eu descobri a música eu fiquei mais calmo e sempre que escuto eu fico mais leve, porque antes eu era mais irritado. A música me mudou bastante”, comenta o aluno de 11 anos, Maxuel de Lima Silva.
Dança
A dança é trabalhada na unidade de ensino de forma transdisciplinar pela professora Ana Carla Moraes, que visa além da consciência corporal, a construção de sujeitos e cidadãos. As aulas despertam o interesse dos 100 alunos matriculados pela identidade cultural, ao incorporar nas atividades manifestações populares e afro-brasileira.
Para a professora, as aulas de dança também contribuem para que os alunos conquistem ou aumentem a autoestima, melhorem o rendimento em outras disciplinas e principalmente para a inclusão. “A dança como arte-educação tem uma potência de incluir todos os corpos, porque ela consegue sensibilizar, pois a dança fora da escola é para um corpo dentro dos padrões. Mas na escola não. A gente encontra e inclui vários corpos combatendo, por exemplo, a gordofobia”, explica.
Para a participação no projeto Djavaneando, a professora realiza com os alunos uma pesquisa sobre o samba, com o intuito dos alunos aprofundarem o conhecimento sobre a cultura brasileira.
“Eu tinha vergonha de dançar em público. A dança começou a me transformar. Quando entrei no projeto eu já senti a mudança. A partir das aulas, eu fiquei mais desinibida. Eu amo a dança, super indico para as pessoas que têm vergonha como eu”, frisa a aluna de 11 anos, Maria Graziele da Silva.
O aluno Adriel Lima da Silva também quis falar sobre o amor dele pela dança. “No começo tinha muita vergonha e passei a ter mais confiança de dançar. Sempre convido meus amigos. Com a dança, aprendi a fazer mais amigos. Para mim, a dança representa o amor e isso me estimula a estar mais presente na escola”, ressalta.
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