Alagoas

No Dia Nacional de Combate ao Bullying, Seduc celebra avanços do Programa Coração de Estudante

Yasmin Henrique / Ascom Seduc 06/04/2025
No Dia Nacional de Combate ao Bullying, Seduc celebra avanços do Programa Coração de Estudante
Escola teve mudanças positivas após o programa - Foto: Alexandre Teixeira/Ascom Seduc


 Nesta segunda-feira, 7 de abril, o Brasil celebra o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola, uma data fundamental para reforçar a importância da prevenção e do enfrentamento dessas práticas nocivas no ambiente escolar. Desde 2011, essa data também é reconhecida por lei como o Dia de Combate ao Bullying nas Escolas Públicas Estaduais de Alagoas.

Nesse sentido, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) tem se destacado com iniciativas inovadoras que promovem mais segurança e bem-estar aos estudantes da rede estadual. Entre as principais ações, está o programa Coração de Estudante, lançado em março de 2024, com um investimento de R$ 4 milhões e focado na saúde mental dos alunos.

 

Com 60 psicólogos e 20 assistentes sociais distribuídos estrategicamente, o programa já realizou 33 mil atendimentos desde fevereiro, encaminhando alunos para suporte especializado sempre que necessário. Além disso, promove a distribuição de materiais didáticos e o fortalecimento das competências socioemocionais dos estudantes, contribuindo para um ambiente escolar mais acolhedor e seguro.

 

Impacto direto e duradouro

 

A presença de psicólogos e assistentes sociais tem sido essencial para a construção de um ambiente mais acolhedor na Escola Estadual José Corrêa da Silva Titara, escola de ensino médio integral, localizada em Massagueira - Marechal Deodoro.


Atuando na escola, a psicóloga Sandra Abreu enfatiza a relevância do trabalho em grupo, realizado por meio de rodas de conversa, palestras e atividades educativas voltadas para estudantes, professores, gestores e familiares.

 

“O psicólogo escolar não realiza atendimento clínico, mas faz acolhimentos e encaminhamentos. Temos observado uma redução significativa nos casos de bullying, ansiedade e depressão”, destaca Sandra.

 

A gestora geral da escola, Lucilene Rodrigues, também reforça a importância de projetos permanentes no combate à violência escolar. “Nossos alunos passam nove horas na escola. É importante se sentir acolhido e seguro. Quando um estudante é afetado pela violência, isso impacta sua saúde mental e seu desempenho acadêmico”, explica. Segundo a gestora, essa preocupação está presente desde a semana pedagógica, garantindo a continuidade das ações ao longo do ano letivo.

 

Ações de conscientização


 

Os estudantes também percebem as mudanças. Raquel Laurindo, de 16 anos, relata a transformação promovida pela presença da psicóloga no ambiente escolar. “O bullying é um tema complicado. Tanto para quem sofre quanto para quem presencia, porque existe o medo de se envolver e virar alvo também. Mas, com a chegada da Sandra, muitos alunos se sentiram mais seguros para pedir ajuda e falar sobre o que estavam passando. Fez muita diferença”, comenta.

 

Dentre as atividades promovidas na escola, estão rodas de conversa sobre bullying, respeito à diversidade e conscientização sobre o uso dos cordões de identificação por estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). “Muitos alunos evitam usar os cordões por medo de julgamentos. Trabalhamos a conscientização e explicamos que o bullying é crime”, ressalta Sandra.

 

O compromisso da escola é tornar essas iniciativas permanentes, assegurando que a conscientização e o respeito sejam valores essenciais no cotidiano escolar. “A escola precisa ser um espaço de aprendizado e reflexão. Precisamos ensinar os alunos a conviver com as diferenças e respeitar a dignidade do outro”, conclui Lucilene.