Brasil
Com Eduardo Bolsonaro nos EUA, PL pode perder outro puxador de votos para 2026

Com menos puxadores de votos para 2026, os resultados do Partido Liberal (PL) nas próximas eleições podem ser afetados pelo "autoexílio" do deputado federal Eduardo Bolsonaro, abrindo espaço para novas candidaturas de direita.
A saída de Eduardo Bolsonaro do Brasil pode ter efeitos negativos para seu partido e grupo político nas eleições de 2026. Aliados e adversários acreditam que seu autoexílio cria um vácuo que pode beneficiar candidaturas de direita não alinhadas com o Partido Liberal (PL).
Segundo a apuração da Folha de S.Paulo, o impacto da ausência de Eduardo depende de quanto tempo ele ficará fora, seu papel nas eleições de 2026 e o tipo de apoio internacional que pode conseguir, especialmente do governo de Donald Trump. Entretanto, para críticos e observadores, seu gesto é um aceno às bases bolsonaristas mais radicais uma vez que assuntos domésticos não devem ser tema para Washington, nem a tese de perseguição política contra ele se sustenta.
Eduardo afirmou temer que seu passaporte fosse cassado por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Mas aliados avaliam que o momento da decisão foi ruim, em meio a derrotas para bolsonaristas. Eduardo pode ficar licenciado da Câmara por quatro meses sem remuneração, mas sem asilo dos EUA, ele pode permanecer no país por apenas seis meses.
O segundo deputado mais votado do PL nas últimas eleições confundiu aliados e adversários, quando a notícia de sua permanência em solo norte-americano chegou para a maioria da bancada pela imprensa (18). Até Jair Bolsonaro, que tentou convencer o filho a não ir, discordou da postura adotada por Eduardo logo após o fiasco de mobilização em Copacabana no dia 16 de março.
Ainda segundo a Folha, adversários veem a atitude de Eduardo como desespero diante da possibilidade de prisão de Bolsonaro e baixa adesão ao ato de anistia. Eles acreditam que a narrativa de perseguição é nula, pois o passaporte de Eduardo não foi apreendido.
Aliados esperavam que Eduardo disputasse o Senado, o governo paulista ou até a Presidência já que seu pai está inelegível até 2030 e pode ser preso se condenado pelo STF por tentativa de golpe de Estado.
Enquanto Bolsonaro não toma a decisão de passar o bastão para um possível sucessor, gerando uma forte expectativa na direita, a ausência de Eduardo pode favorecer nomes da direita fora do PL, como Ricardo Salles (NOVO) e Pablo Marçal do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), que buscam vagas no Senado e governo paulista, respectivamente.
Parlamentares do PL expressam preocupação com o desempenho da sigla nas próximas eleições. Além de Eduardo, a legenda pode perder outros puxadores de votos além de Ricardo Salles — que trocou o PL pelo NOVO em 2024, como Carla Zambelli — que deverá se manter inelegível e enfrenta julgamento no STF pelo qual pode perder seu mandato, Capitão Derrite — que deve ir para o PP.
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