Cidades
Tragédia da Braskem: Nota Técnica revela novas áreas com risco de afundamento em Maceió
Uma nota técnica do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), divulgada pela Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL), revelou movimentações do solo em áreas além da Avenida Fernandes Lima, em Maceió. O documento, elaborado em abril de 2022 e tornado público apenas em março de 2025, indica indícios de subsidência nos bairros Flexal de Cima, Flexal de Baixo, Bom Parto e Marquês de Abrantes — regiões que, até então, não eram oficialmente consideradas de risco.
Essas novas informações sugerem que a delimitação das áreas de risco pode estar incorreta, ampliando a preocupação sobre a estabilidade do solo na capital alagoana. O relatório também destaca falhas no monitoramento atual, alertando que pequenas subsidências podem estar sendo ignoradas. Para uma avaliação mais precisa da gravidade da situação, o CPRM recomenda a adoção de novas metodologias, como o uso de Laser Scanner e topografia detalhada.
Diante dessas descobertas, o defensor público Ricardo Melro enfatizou à imprensa a necessidade de esclarecimentos urgentes por parte do CPRM e da Defesa Civil. Ele defende a revisão das áreas de risco e o reforço no monitoramento, visando garantir maior segurança à população.
Esses novos indícios de subsidência em áreas além das previamente identificadas ressaltam a importância de uma ação coordenada entre as autoridades competentes para mitigar os riscos e proteger os moradores das regiões afetadas.
NOTA
A Defesa Civil de Maceió informa que a inclusão de novas áreas no Mapa de Linhas de Ações Prioritárias passa por rigorosos critérios de avaliação, que são chancelados pela Defesa Civil Nacional e pelo Serviço Geológico do Brasil.
Entre eles está a velocidade mínima de movimentação de subsidência acima de 5mm/ano, e essa movimentação deve ser persistente durante o período avaliado, além de outros rigorosos critérios que são utilizados para que haja a inclusão.
O mapa em questão, contido na nota técnica emitida pelo SGB em 04/2022, apresenta dados abaixo da movimentação que deve ser considerada, o que pode representar apenas valores dentro do limiar de ruído.
Esses dados de baixa precisão cruzados com os demais critérios de avaliação, não indicam necessidade de inclusão dessas regiões no Mapa de Linhas de Ações Prioritárias. Os apontamentos constam, inclusive, na própria nota técnica.
A Defesa Civil de Maceió reafirma seu compromisso com a transparência de dados e informações e continua monitorando toda a região, trabalhando de forma técnica e responsável, seguindo os padrões estabelecidos.
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