Alagoas
Vice-governadoria promove debate sobre mercado de trabalho para PcD em Alagoas
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O vice-governador de Alagoas, Ronaldo Lessa, abriu nesta segunda (24) os debates da roda de conversa sobre o panorama do mercado de trabalho para pessoas com deficiência (PcD) no estado. O evento, promovido pela Vice-governadoria por meio da Câmara de Estudos Políticos, reuniu representantes do poder público e da sociedade civil para discutir desafios e soluções para inclusão e acessibilidade.
Lessa destacou a importância do debate e a necessidade de transformar as discussões em ações concretas. "A história é a pessoa ser feliz. Não consigo ser feliz se meu parceiro, se meu vizinho, se os outros não são. Então, nosso papel é saber dentro da legislação o que está faltando, o que pode ser aperfeiçoado", afirmou Lessa.
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O vice-governador ressaltou que a Câmara de Estudos Políticos tem um papel fundamental na formulação de propostas e na articulação de mudanças dentro da legislação vigente. Além disso, enfatizou que, muitas vezes, não é necessário criar novas leis, mas sim garantir que os gestores públicos apliquem as normas já existentes.
"Às vezes nem é a lei, é o próprio gestor que pode fazer coisas dentro da legislação atual. Isso é mais rápido. E a outra questão é o que precisa ser alterado na legislação. Nosso papel aqui é provocar esse debate e estimular o processo de transformação, contando com um governo aberto ao diálogo. O governador Paulo Dantas, apesar de jovem, tem força e dinamismo para impulsionar essas mudanças", afirmou.
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A mesa foi coordenada pela professora doutora Luciana Santana, coordenadora do projeto Câmara de Estudos Políticos, junto ao professor doutor Cid Olival e Flávio Dória, secretário Executivo de Gestão Interna da Vice-Governadoria.
Em sua apresentação, Cid Olival reforçou a necessidade de enfrentar as desigualdades no acesso ao mercado de trabalho para PcDs. "Sabemos que existem avanços e iniciativas que promovem a inclusão, mas a realidade das pessoas com deficiência no mercado de trabalho ainda é marcada por desigualdades e barreiras. Isso exige esforços contínuos de governos, empresas e sociedade civil para garantir equidade e a plena participação desses profissionais nas atividades laborais", disse Olival.
Desafios e propostas para a inclusão
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A roda de conversa contou com contribuições importantes de diversos especialistas e gestores públicos. O Secretário Executivo do Trabalho, Erik Silveira, destacou que há vagas no mercado para PcDs, mas que é fundamental aproximar as instituições e sensibilizar os empregadores. "Temos esse papel de inserir as pessoas no mercado, em especial as pessoas com deficiência. O mercado precisa e as vagas existem. Precisamos que as instituições nos procurem para que possamos intermediar essa inserção e conscientizar os empresários de que o trabalhador com deficiência tem o mesmo potencial que qualquer outro", afirmou.
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A secretária de Estado da Cidadania, Arabella Mendonça, reforçou que já existem leis garantindo direitos, mas que a fiscalização precisa ser fortalecida. "O que nós precisamos é efetivar essa legislação e garantir um acompanhamento constante. Esse monitoramento não deve ficar apenas a cargo do Ministério Público, mas também da sociedade e das instituições que atuam com pessoas com deficiência. Elas não querem apenas estar no mercado de trabalho, querem ser protagonistas dentro dessa história", ressaltou.
Já o Presidente do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência, Edmilson Sá, alertou para o capacitismo estrutural que ainda invisibiliza essa parcela da população. "Somos 20 milhões de pessoas no país, 10% da população. Ainda assim, seguimos invisibilizados. As pessoas com deficiência querem trabalhar, querem mostrar sua capacidade. Precisamos de espaços como esse para discutir, debater e, principalmente, apresentar propostas que garantam nossa inclusão, tanto na iniciativa privada quanto no serviço público", falou.
O evento reafirmou o compromisso da Vice-governadoria com a inclusão e destacou a importância de uma articulação ampla entre poder público, empresas e sociedade civil para garantir direitos e oportunidades para pessoas com deficiência em Alagoas.
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