Economia
G5 Partners: queda de Lula e indiciamento de Bolsonaro melhoram ativos, mas trazem volatilidade
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A queda repentina e brusca da popularidade de Lula, associada à provável condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), antecipou as apostas para as eleições de 2026 e traz uma boa e uma má notícia para os investidores, escreve o economista-chefe da G5 Partners, Luís Otávio Souza Leal, no seu "Canário da Lima", relatório semanal da instituição.
A boa notícia, de acordo com Souza Leal, é que há uma luz no fim do túnel para os ativos brasileiros em 2025. "A cada pesquisa eleitoral desfavorável ao atual presidente, devemos ver uma valorização do mercado local, independentemente do cenário externo", pontua o economista da G5 Partners.
A má notícia, continua o economista, "é que esse vai e vem dos ativos provocará muita incerteza e mais volatilidade - como se já não bastasse a que vamos ter por causa de Donald Trump".
Ainda, de acordo com Souza Lea, a tendência é que, nesse cenário de queda de popularidade, "Lula reaja com mais medidas populistas, o que seria ruim para os mercados, mas, por outro lado, aumentaria a chance de uma alternância de poder a partir de 2027, algo interessante para os ativos brasileiros".
"Vale a pena salientar também que os níveis atuais da aprovação de Lula, apesar de baixos para os padrões históricos de seus governos, ainda não fazem com que a oposição seja favorita. Além das questões envolvendo as estratégias de Bolsonaro, devemos lembrar que uma aprovação ao redor de 46% - no critério aprova/desaprova - mensurada na pesquisa da AtlasIntel/Bloomberg o mantém como favorito para o pleito", pondera o chefe do Departamento Econômico da G5 Parners.
Souza Leal lembra ainda que, segundo um estudo da consultoria Eurasia, juntamente com o instituto IPSOS, que englobou milhares de eleições no mundo, somente com uma aprovação abaixo de 40% o incumbente deixaria de ser favorito.
"Então devemos tomar muito cuidado com prognósticos de derrota de Lula na eleição de 2026 e, principalmente, com estratégias montadas sobre esse cenário. O caminho até outubro do ano que vem será longo e acidentado, estilo off road", previne o economista.
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