Após levar um "NÃO" do governador Paulo Dantas ao pedir a secretaria de Comunicação de Alagoas para chamar de sua (faltou combinar com os russos) parece que o já poderoso (na esfera municipal) Júlio Cezar da Silva resolveu expandir ainda mais seu império dentro da Prefeitura de Palmeira dos Índios. Como se não bastasse “mandar” em praticamente todas as decisões do governo de sua titia, ele agora assume, sem qualquer pudor, mais uma secretaria municipal.

Com a nova nomeação, Cezar passa a ser o chefe da Secretaria Municipal de Desenvolvimento da Infraestrutura Urbana e Rural, além de continuar como Secretário de Governo.

A decisão, oficializada pela Prefeita Luísa Duarte através da Portaria nº 136/2025, publicada no Diário Oficial de 17 de fevereiro de 2025, confirma que o secretário, que já centraliza poder excessivo, agora também será responsável por cuidar das estradas, ruas, obras e manutenção da cidade.

Júlio Cezar: o homem que quer governar tudo e todos

A nomeação expõe ainda mais o descompasso administrativo que assola a Prefeitura de Palmeira dos Índios. Afinal, qual a necessidade de um único secretário acumular duas funções tão estratégicas e exigentes? Será que não existe ninguém mais capacitado dentro da gestão para assumir a infraestrutura? Ou será que o "supersecretário" simplesmente não quer abrir mão de sua influência descomunal?

O fato é que Júlio Cezar se tornou uma espécie de primeiro-ministro dentro da prefeitura. Qualquer assunto importante passa por ele. Agora, com a nova secretaria sob seu comando, ele terá em mãos o controle absoluto sobre contratos de obras públicas, licitações e serviços de infraestrutura. Ou seja, mais orçamento, mais decisões e mais poder.

"Sem acréscimo de remuneração", mas com acréscimo de influência

A justificativa oficial para o acúmulo de cargos é que não haverá acréscimo salarial para Júlio Cezar. No entanto, qualquer um que entenda um pouco de política sabe que a remuneração é o menor dos benefícios quando se fala em poder. Controlar a infraestrutura significa ter influência direta sobre fornecedores, contratos e licitações, o que coloca o secretário em uma posição ainda mais privilegiada.

Prefeita terceirizada? Quem manda na prefeitura afinal?

O que essa decisão escancara é um problema ainda maior: quem realmente está governando Palmeira dos Índios? A prefeita Luísa Duarte parece ter assumido um papel figurativo, enquanto Júlio Cezar manobra a administração municipal como bem entende.

A estrutura administrativa de um município deveria ser baseada na distribuição eficiente de funções, permitindo que cada secretário foque em sua área e execute suas responsabilidades de maneira eficiente. O que acontece em Palmeira dos Índios, no entanto, é exatamente o contrário: a centralização extrema de poder nas mãos de um único homem.

Futuro da cidade nas mãos de um só nome

Com a gestão de infraestrutura e governo concentrada nas mãos do mesmo secretário, fica a dúvida: o que ainda falta Júlio Cezar acumular? Já que manda em tudo, não seria mais honesto nomeá-lo prefeito de fato? Ou melhor, já que ele acumula cargos como quem coleciona figurinhas, por que não nomeá-lo secretário-geral de todas as pastas municipais?

A população de Palmeira dos Índios deve estar atenta. Esse acúmulo de poder não é um simples detalhe administrativo, mas um claro sintoma de um governo cada vez mais centralizado e menos democrático. A cidade merece gestão eficiente, transparente e com divisão equilibrada de funções. O que se vê, no entanto, é uma prefeitura que se torna cada vez mais monopolizada por um único nome.