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Prefeita Luísa Duarte recua e busca apoio do Legislativo para aprovar a LDO
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A abertura do Ano Legislativo de 2025 na Câmara Municipal de Palmeira dos Índios trouxe um elemento inesperado: a mudança de tom da prefeita Luísa Duarte. Há apenas 20 dias, em um discurso inflamado no Sindicato dos Trabalhadores Rurais, durante uma reunião da FETAG, a gestora garantiu que "daria nome aos bois", ameaçando expor publicamente os vereadores que se opusessem aos seus projetos. No entanto, diante da necessidade de aprovar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA), a prefeita recuou e adotou um tom mais conciliador ao discursar na Câmara.
O que antes era promessa de embate e enfrentamento virou uma tentativa de aliança. Em seu pronunciamento, lido em duas folhas de papel, Luísa Duarte fez questão de destacar o desejo de "firmar uma parceria com o Legislativo", pedindo a aprovação das peças orçamentárias ainda pendentes de deliberação. A estratégia não passou despercebida pelos vereadores, que receberam o pedido com reservas.
Mudança de discurso ou estratégia política?
O cenário político local deixa claro que a prefeita, apesar da postura inicial agressiva, enfrenta dificuldades para consolidar sua base de apoio no Legislativo. O recuo em sua retórica pode ser um reflexo dessa instabilidade. O próprio andamento da LDO na Câmara reforça a fragilidade do Executivo: a matéria foi colocada em pauta, mas seguirá para análise nas comissões, um trâmite que deve durar pelo menos 30 dias. Além disso, alguns vereadores já sinalizam que a proposta será "analisada a fio" e possivelmente emendada, afastando qualquer possibilidade de aprovação sem debates aprofundados.
O que se desenha nos bastidores é que o Legislativo não pretende conceder carta branca à prefeita, que, segundo parlamentares, estaria sendo manobrada pelo secretário de governo e ex-prefeito Júlio Cezar. A forte influência do ex-mandatário sobre as decisões da atual gestão levanta questionamentos sobre quem realmente comanda o município.
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Palavras conciliadoras não garantem apoio irrestrito
O discurso da vice-prefeita Sheila Duarte também seguiu essa linha de tentativa de pacificação. Ex-vereadora, Sheila destacou a importância do diálogo e da harmonia entre os poderes. No entanto, essa tentativa de alinhamento soa tardia para muitos vereadores, que esperavam mais coerência entre as palavras e as atitudes da gestão municipal.
O presidente da Câmara, Madson Monteiro, adotou um tom institucional e afirmou que a Casa "construirá pontes de diálogo", mas reforçou o compromisso com a responsabilidade e a fiscalização dos atos do Executivo. A promessa de que a LDO será analisada de forma criteriosa reforça que a Câmara não pretende ser mera homologadora das decisões do governo municipal.
A primeira sessão legislativa de 2025, portanto, revelou um Executivo acuado e forçado a mudar o tom diante da necessidade de aprovação de projetos fundamentais. Resta saber se a nova postura de Luísa Duarte se trata de um compromisso real com a governabilidade ou apenas de uma manobra momentânea para destravar a pauta orçamentária.
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