Internacional
Não há perspectiva de novo impeachment de Trump, pois não há acordo entre as elites, diz analista

Agora não há nenhuma perspectiva séria de um novo impeachment do presidente dos EUA, Donald Trump, pois não há acordo bipartidário sobre isso, disse à Sputnik Konstantin Blokhin, especialista em estudos norte-americanos e segurança.
Ontem (5), um membro da Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso) dos Estados Unidos, Al Green, disse que pretende propor o impeachment do presidente Trump.
De acordo com Green, Trump merece o impeachment por suas declarações e ações em relação à Faixa de Gaza.
Blokhin acredita que essas palavras do congressista não são algo que deva ser levado a sério.
Segundo o especialista, o objetivo da declaração de Al Green não foi realmente alcançar um processo contra Trump, mas só "manter a agenda anti-Trump na mídia".
"Na realidade, o impeachment só é possível com um consenso completo das elites – quando tanto os republicanos quanto os democratas estão prontos para livrar-se deste ou daquele político. Será que existe um consenso agora? Nada disso", disse o especialista.
Em sua avaliação, o Partido Republicano agora considera Trump, em geral, um líder que conquistou o apoio de grande parte da elite do país e tem boas relações com as empresas, o lobby israelense e o complexo militar-industrial dos EUA.
A situação no Congresso dos EUA, onde os republicanos têm a maioria em ambas as câmaras, também não é favorável ao impeachment, disse Blokhin.
Contudo, ainda há republicanos que nutrem sentimentos negativos em relação a Trump.
"Ele não passou por essa escada de carreira, convencionalmente falando, pela qual outros passaram – de pequeno político a participante do Congresso, para depois se tornar presidente. Ele simplesmente, vindo dos negócios, 'entrou de repente' e se tornou o presidente dos Estados Unidos. Isso é o que irrita muita gente", explicou.
Trump é o único presidente dos EUA que foi submetido a dois impeachments na Câmara dos Representantes, mas, em ambas as ocasiões, o Senado (câmara alta) não concordou.
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