Economia
Secretário do Tesouro diz não ter dúvida que País não está em cenário de dominância fiscal
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, refutou a tese de que o Brasil se encontra em um cenário de dominância fiscal. Ele avaliou que há casos em que falta serenidade para análises de cenários mais longos, que prejudicam esse debate, que fica dessa forma muito focado no curtíssimo prazo.
"Não há um exemplo razoável de que isso tenha acontecido com um País que tenha resultados fiscais como o nosso", disse Ceron. "Não tenho dúvidas de que não estamos em cenário de dominância fiscal", frisou.
O secretário ainda ponderou que vê momentos em que uma síndrome de vira-lata se impõe e se tenta colocar enfoque negativo - mas frisou que o País está no caminho de recuperação fiscal.
Ele reafirmou a importância de harmonização das políticas fiscal e monetária para a reancoragem da inflação, mas destacou os bons indicadores da economia do País, sem menosprezar os desafios.
Crédito
O secretário do Tesouro Nacional disse também que o governo ainda não tem uma posição tomada sobre a abertura do crédito de cerca de R$ 12 bilhões neste ano, possibilitado pela diferença na inflação prevista e efetivada em 2024.
Ele reforçou que essa abertura só vai ocorrer se estiver de acordo com a meta fiscal, cenário que só estará mais claro até o 1º relatório bimestral de avaliação de Receitas e Despesas.
"Se vai ser aberto ou utilizado para ter contingenciamento vai depender de balanço das receitas e eventuais medidas de compensação que tenhamos até o primeiro bimestral. Ainda não tem posição tomada porque depende de balanço de cenário", disse Ceron.
Segundo ele, nesse momento também a equipe econômica está debruçada nas reestimativas de despesas para 2025 para que o governo não seja surpreendido com projeções altistas ao longo do ano, que obrigariam bloqueios expressivos no orçamento. "A despesa obrigatória teve pressão grande de BPC, de Previdência, em 2024. Precisamos nos atentar, porque isso achata outras despesas", afirmou.
O secretário respondeu que ainda não é possível estimar o impacto do pagamento de precatórios em 2027, mas que o esforço será por fazer um bom endereçamento desse problema nos próximos anos. "É importante ver como virá o estoque de precatórios que receberemos, para ver essa dinâmica. Ver como virá isso para endereçar soluções. Mas foco agora é discutir 2025", disse.
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