Internacional

UE planeja subsídio para vendas de carros elétricos para combater a China, diz mídia

Para socorrer a indústria automobilística europeia, Bruxelas prometeu usar subsídios pan-União Europeia (UE) para aumentar a demanda por veículos elétricos.

Sputinik Brasil 23/01/2025
UE planeja subsídio para vendas de carros elétricos para combater a China, diz mídia
Foto: © AP Photo / STR

De acordo com o Financial Times (FT), Bruxelas tem um grande desafio pela frente para recuperar a competitividade de sua indústria automobilística, mas em conformidade com as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), evitando que os subsídios fluíssem para as montadoras chinesas.

A vice-presidente-executiva da Comissão Europeia, Teresa Ribera, afirmou às margens do Fórum Econômico Mundial em Davos à apuração do FT que o bloco estuda as possibilidades para o desenvolvimento para um programa de incentivo.

"Faz sentido ver como poderíamos descobrir em uma perspectiva pan-europeia, como facilitar as medidas em vez de passar por subsídios nacionais", disse Ribera.

Muitos Estados-membros da UE oferecem incentivos para veículos elétricos (VEs), mas os termos não são unificados e variam entre os membros, que muitas vezes não oferecem qualquer subsídio de compra, de acordo com a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis.

A comissária responsável pela estratégia de "indústria verde" do bloco afirmou ainda que a política de incentivo seria apenas uma das várias medidas consideradas necessárias para apoiar o setor tão importante para a economia europeia, mas descartou adiar o prazo de 2035 para acabar com as novas vendas de motores de combustão interna porque a indústria automobilística queria "previsibilidade e clareza".

Segundo ela não faria sentido reabrir a discussão, mas uma flexibilização nas metas anuais de vendas de VEs e às multas que as montadoras enfrentam por não as cumprir poderia ser discutida.

Na contramão da Europa, no entanto, está o presidente dos EUA, Donald Trump, que prometeu acabar com "subsídios injustos" para os VEs. Entretanto, Ribera declarou que "o mundo é muito maior [que os EUA] e há muitos outros parceiros e participantes que entendem por que é importante permanecermos unidos".