Entre as reféns libertadas estão Emily Damari, de 28 anos, cidadã britânica e israelense; Doron Steinbrecher, enfermeira veterinária romeno-israelense, de 30 anos; e Romi Gonen, de 23 anos, sequestrada durante o festival de música Nova. Damari e Steinbrecher foram capturadas em Kibutz Kfar Aza, próximo ao norte de Gaza.

Imagens transmitidas ao vivo mostraram as reféns sendo transferidas de um veículo do Hamas, cercado por militantes armados, para um carro da Cruz Vermelha. O escritório de Netanyahu divulgou as fotos das reféns abraçando suas mães em uma base militar nos arredores de Gaza.

Posteriormente, as mulheres foram transportadas de helicóptero para o Centro Médico Sheba, no sul de Israel, onde receberam cuidados médicos e psicológicos. A Cruz Vermelha informou que as condições de saúde delas eram “boas”.

No entanto, um ferimento de Damari chamou atenção: uma mão enfaixada, sem dois dedos, resultado de sua captura pelo Hamas em 7 de outubro de 2023. A mãe, Mandy, expressou alívio: “Depois de 471 dias, Emily finalmente está em casa.”

Em Gaza, milhares de moradores saíram às ruas para comemorar o cessar-fogo, exibindo bandeiras palestinas e entoando cantos.

Em Tel Aviv, multidões se reuniram na Praça dos Reféns para celebrar e exigir o cumprimento do acordo. O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, enfatizou que o exército permanecerá em alerta, preparado para ações militares caso o Hamas viole o cessar-fogo.

Do lado palestino, Abu Ubaida, porta-voz das Brigadas Al-Qassam, reafirmou o compromisso com o acordo, condicionado ao cumprimento israelense.

A trégua, mediada por Catar, Egito e Estados Unidos, tem o objetivo de encerrar o conflito iniciado após um ataque do Hamas em Israel que resultou na morte de 1,2 mil pessoas e no sequestro de cerca de 250.