Internacional
Mídia: bancos europeus consideram abandonar iniciativa para redução de carbono às margens de Davos
Principais instituições de crédito na Europa estão reconsiderando sua filiação à Aliança Bancária Net Zero (NZBA, na sigla em inglês) a menos que algumas regras sejam suavizadas, após pares dos EUA, incluindo os bancos JPMorgan, Citigroup e Goldman Sachs,
De acordo com o Financial Times (FT), pouco antes da posse de Donald Trump, grandes players do setor financeiro estão reconsiderando sua participação na NZBA, que tem por objetivo alinhar as atividades de crédito, investimento e mercados de capitais com a meta de emissões zero de gases de efeito estufa até 2050.
Para além do JPMorgan, Citigroup e Goldman Sachs, na última sexta-feira (17) foi a vez de quatro dos maiores bancos do Canadá decidirem pela saída da coalizão climática.
Agora, altos funcionários do Glasgow Financial Alliance for Net Zero (Gfanz), que inclui o HSBC, o Deutsche Bank e o UBS), têm tentado marcar uma reunião para discutir o futuro da colaboração climática, antes do Fórum Econômico Mundial em Davos nesta semana.
As forças políticas de direita nos EUA aumentaram seus ataques às políticas "woke" — visando aumentar a conscientização e a justiça socioambiental — antes do retorno de Trump à Casa Branca.
A iniciativa paralela Gestores de Ativos Net Zero anunciou esta semana que, em lugar de se preocupar em implementar ou rastrear suas atividades, se dedicaria a revisar sua viabilidade diante do propósito para o qual o grupo foi criado.
Segundo uma das fontes do FT, a menos que os os grupos façam revisões em suas regras, objetivos e atividades, "vários bancos disseram que [...] começarão o processo de saída".
"O pessoal dos EUA não está interessado em ações coordenadas, visto que os processos dos EUA são sobre antitruste e coordenação ilegal", afirmou um dos signatários do grupo de gestores de ativos à mídia.
Trump, ainda antes de retornar ao Salão Oval, já exerce alguma influência sobre as políticas financeira, fiscal e de investimento dos EUA, em um cenário bastante polarizado que tem reduzido discussões complexas a "nós contra eles", forçando a "simpatia" de alguns setores à forma como ele conduziu a política norte-americana em seu primeiro mandato.
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