Economia
China: Xi usa demissões e cortes salariais em campanha contra excesso capitalista
Durante décadas, a China procurou aprender com as finanças ocidentais. Agora, ela está expurgando muitos dos financistas com experiência internacional que ajudaram a conduzir a ascensão econômica do país, ao mesmo tempo em que estimula uma nova geração de funcionários leais, dispostos a cumprir os decretos do Partido Comunista e a rejeitar o excesso capitalista.
As demissões estão sendo combinadas com outras medidas destinadas a diluir os instintos pró-mercado no setor financeiro da China e colocá-lo mais diretamente sob o controle de Xi Jinping.
Muitos economistas e banqueiros temem que a mudança amorteça o espírito que alimentou a ascensão da China, à medida que os financistas e os órgãos reguladores se tornem mais conservadores para evitar erros que possam colocá-los em apuros.
A China está perdendo banqueiros e órgãos reguladores com experiência internacional e conhecimento técnico em um momento em que enfrenta riscos financeiros complexos que exigem uma supervisão sofisticada, inclusive como lidar com trilhões de dólares em dívidas de governos locais não contabilizadas e como digerir empréstimos ruins do mercado imobiliário que se acumularam nos balanços dos bancos.
Xi acredita que o setor financeiro tem se concentrado demais em seus próprios lucros e deve atender ao Partido Comunista e às necessidades da nação.
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