Política
Consultor eleitoral Wilson Pedroso comenta possível candidatura de Gustavo Lima à Presidência da República
Em entrevista ao site Istoé, especialista destaca que cantor precisará de boa articulação política para conseguir viabilizar a campanha
O cantor Gustavo Lima anunciou, no dia 2 de janeiro, a intenção de ser candidato à Presidência da República em 2026. As declarações repercutiram de forma intensa no meio político e foram alvo de análise do consultor eleitoral Wilson Pedroso. Em entrevista ao site IstoÉ, ele destacou que, para viabilizar a candidatura, Lima teria os desafios de se adaptar ao universo político e ainda de desenvolver articulação para construir alianças estratégicas.
Analista político com MBA nas áreas de Gestão e Marketing, Wilson Pedroso coordenou as campanhas vitoriosas de João Doria para a prefeitura de São Paulo e para o Governo do Estado e de Bruno Covas também para prefeito da capital paulista. Além disso, foi coordenador de Pablo Marçal, terceiro colocado na disputa pelo cargo em 2024. Pedroso comentou as principais diferenças entre a campanha de Marçal e a possível candidatura de Gustavo Luma.
“A comparação é natural, tendo em vista que ambos são outsiders políticos com grande apelo popular em seus segmentos. No entanto, as campanhas apresentam diferenças fundamentais. Marçal construiu sua candidatura com base em um discurso disruptivo e focado na renovação política, utilizando estratégias como a criação de conteúdo massivo nas redes sociais. Lima teria o desafio de traduzir sua popularidade no mundo da música para o campo político, algo que exige uma narrativa consistente e alinhada às expectativas dos eleitores”, comentou.
O analista político citou alguns exemplos de políticos, no Brasil e no mundo, que conseguiram migrar para o campo político de forma bem-sucedida. Entre eles, estão Donald Trump, empresário e personalidade midiática que se tornou presidente dos EUA; João Doria, que passou de empresário a prefeito de São Paulo; e Tiririca que usou a popularidade como artista para ser eleito deputado federal.
Para Wilson Pedroso, a construção de uma candidatura sólida exigiria de Gustavo Lima não só a construção de propostas claras e atrativas, mas também desenvolver articulação política para dialogar com lideranças e construir alianças estratégicas. “O cantor terá um dilema entre fortalecer um partido existente, como fez Bolsonaro ao usar o PSL, ou entrar em um partido já com estrutura, fundo partidário e capilaridade nos Estados, como o União Brasil”, pontuou.
Além de Wilson Pedroso, a IstoÉ ouviu também o marqueteiro político Paulo Vasconcelos e o cientista político Renato Dorgan. Acesse aqui a íntegra da reportagem: https://istoe.com.br/quais-sao...
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