Brasil

Inflação fica acima da meta e termina 2024 em 4,83%; governo culpa seca e cheias

Em meio ao aumento de 0,52% em dezembro, o Brasil terminou 2024 com inflação de 4,83%, apontam dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira (10). O resultado ficou acima da meta estipulada.

10/01/2025
Inflação fica acima da meta e termina 2024 em 4,83%; governo culpa seca e cheias
Foto: © Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas

No ano passado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 4,62%. A meta do governo era de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. O resultado deste ano é o pior desde 2022, quando chegou a 5,79%.

Conforme o IBGE, os alimentos puxaram a alta do indicador e registraram uma inflação de 7,62%.

Após a divulgação do dado, o ministro da Casa Civil, Rui Custa, culpou o estouro da meta por conta das cheias e das secas registradas no país ao longo do ano. Porém, a expectativa do governo é de acomodação no índice neste ano.

"É evidente que a variação da inflação tem impacto nesses dois eventos climáticos fortes que vocês acompanharam, noticiaram, tanto de seca em vários lugares do país como de chuva excessiva em vários lugares do país. Mas eu diria que isso deve se acomodar", declarou.

Além disso, o ministro afirmou que o pacote de corte de gastos aprovado no Congresso no fim do ano passado deve influenciar na redução do indicador.

"E o conjunto de medidas fiscais votadas em dezembro vai dialogar e já está promovendo seus efeitos de reafirmar o absoluto compromisso fiscal do governo, trazendo de novo a inflação para dentro da meta e dentro dos limites previstos no conjunto da política econômica", acrescentou.

Ao todo, são analisados os preços de 377 produtos para compor a inflação no Brasil. Individualmente, a gasolina teve a maior alta, com aumento de 9,71% no ano, seguida pelo plano de saúde, que chegou a 7,87%, e a refeição fora de casa, com alta de 5,7%.

Por Sputinik Brasil