Cidades
Juíza emérita Sônia Beltrão critica subserviência de Luisa Duarte ao ex-"imperador"
A ex-juíza Sônia Beltrão, que atuou em Palmeira dos Índios por 12 anos, manifestou-se de forma contundente em comentário nas redes sociais a respeito da matéria publicada pela Tribuna do Sertão intitulada “Luisa Duarte mantém equipe de antecessor, o ex-imperador”. A crítica direta e incisiva de Beltrão reflete sua experiência com a sociedade local e sua visão sobre as implicações políticas que envolvem a administração da prefeita eleita.
No depoimento, Sônia Beltrão questiona a dependência da atual prefeita em relação ao ex-prefeito, apelidado de "Imperador", e sugere que tal postura pode comprometer a gestão e a confiança da população. Sua análise, baseada em anos de vivência e trabalho na cidade, levanta preocupações sobre o futuro administrativo e a autonomia política de Luisa Duarte.
Uma crítica à influência do antecessor
Beltrão inicia seu comentário destacando a evidente ligação da prefeita com o ex-prefeito, cuja figura ainda parece dominar as decisões administrativas. “Será que alguém ainda tem dúvidas de que essa senhora chamada Tia Júlia seria eleita sem a proteção do Imperador?”, questiona. A ex-juíza ressalta que, embora Duarte tenha sido eleita, sua postura sugere receio de se desvincular da sombra política de seu antecessor.
Autonomia administrativa sob suspeita
Em sua análise, Sônia Beltrão faz um apelo para que a prefeita assuma a responsabilidade pelo cargo que conquistou nas urnas. “Acorda, senhora Júlia, e assuma. A senhora já foi eleita. Está com medo? O medo a gente enfrenta”, disse. Para a ex-juíza, a manutenção de secretários da gestão anterior é um sinal claro de que Luisa Duarte segue as ordens do ex-prefeito, o que pode comprometer a confiança do povo e a legitimidade de sua administração.
Cobranças do povo e o risco de desgaste político
Sônia Beltrão também alerta sobre as demandas da população, especialmente aquelas relacionadas a saúde, educação, trabalho e moradia. Ela ressalta que o povo, muitas vezes negligenciado após as eleições, está atento e cobrará resultados concretos. “O povo esquecido, humilhado, excluído, abandonado vai cobrar pela saúde, educação, trabalho, moradia, considerando somente ter sido lembrado no período de eleição com falsas promessas”, afirmou.
Crítica ao sistema político e apelo por dignidade
Encerrando seu depoimento, a ex-juíza aponta para um problema mais profundo na política local: o impacto negativo da ambição desenfreada por dinheiro e poder sobre a dignidade humana. “O amor ao dinheiro está acabando com a dignidade dos homens. É como vejo”, declarou Beltrão.
Depoimento de Sônia Beltrão na íntegra
"Mas será que alguém ainda tem dúvidas de que essa Senhora chamada Tia Júlia seria eleita sem a proteção do IMPERADOR? Pelo amor de Deus? Acorda Senhora Júlia e assuma. A Senhora já foi eleita. Está com medo? O medo a gente enfrenta. A Senhora é uma mulher. Prefeita eleita pelo povo. E por que vai seguir o que seu antecessor quer? Por que conservar os Secretários? Se vai fazer o que o anterior quer? Sugiro que desista. Minha Senhora: Administrar uma Cidade não é fácil. Principalmente se está com sua gestão comprometida. O povo vai lhe cobrar.
O povo esquecido, humilhado, excluído, abandonado vai cobrar pela saúde, educação, trabalho, moradia, considerando somente ter sido lembrado, abraçado, visitado no período de Eleição com falsas promessas.
Meus amigos: 'O amor ao dinheiro está acabando com a dignidade dos homens'.
É como vejo."
As declarações de Sônia Beltrão não apenas colocam em xeque a autonomia de Luisa Duarte, mas também trazem à tona questões fundamentais sobre as expectativas do povo de Palmeira dos Índios e a responsabilidade dos líderes políticos em honrar seus compromissos com a sociedade.
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