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Jovem baleada pela PRF no Rio apresenta piora clínica e volta a respirar por aparelhos

A jovem Juliana Leite Rangel, de 26 anos, atingida por um tiro na cabeça disparado por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Rio de Janeiro, apresentou piora clínica nas últimas 24 horas e voltou a respirar com a ajuda de aparelhos. Conforme o boletim médico divulgado nesta quarta-feira, 8, pela Prefeitura de Duque de Caxias, por meio da Secretaria Municipal de Saúde e da direção do Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, ela voltou a ter febre e apresentar sinais clínicos e laboratoriais de novo quadro infeccioso, necessitando retornar a medicação para controle de pressão arterial.
Juliana permanece internada no CTI da unidade hospitalar desde 24 de dezembro, quando foi baleada. Há uma semana, ela tinha começado a despertar e a responder a estímulos.
O quadro de saúde da jovem tem sido atualizado constantemente.
"A direção do hospital informa ainda que a paciente segue respirando através da traqueostomia, retornando para ventilação mecânica na terça-feira, 7, sob sedação leve, além de ajustes no tratamento da infecção", disse a prefeitura.
Conforme o boletim médico, do ponto de vista neurológico, a jovem não apresentou novos sintomas, sem novos déficits e sem necessidade de nova abordagem neurocirúrgica. "O processo de reabilitação precisou ser interrompido devido ao agravamento do quadro infeccioso", acrescentou a nota.
A paciente segue em terapia intensiva, em acompanhamento pelo serviço de neurocirurgia, psicologia, em conjunto com equipe multidisciplinar. Não há previsão de alta do CTI.
Jovem foi atingida por disparos da PRF
Juliana estava no carro com a família, a caminho de Niterói, para a ceia de Natal, quando foi atingida por disparos de agentes da PRF durante uma abordagem.
Ao Estadão, o pai da vítima, Alexandre Rangel, disse que mais de 30 tiros foram disparados em série pelos agentes. No dia 25 de dezembro, o Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento investigatório criminal para apurar a conduta dos agentes da PRF.
No procedimento, o MPF pede que as viaturas que estavam na abordagem sejam recolhidas, assim como as armas dos policiais, e que a Polícia Federal, que também abriu uma investigação, informe o que já foi apurado sobre o caso.
Em nota, a PRF informou que os agentes - dois homens e uma mulher - envolvidos no caso foram afastados preventivamente das atividades operacionais.
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