Alagoas

Retrospectiva: Programas da Sesau revolucionaram a saúde de Alagoas em 2024

Suely Melo / Ascom Sesau 30/12/2024
Retrospectiva: Programas da Sesau revolucionaram a saúde de Alagoas em 2024
Pequena Lorena foi uma das 10 crianças que retiraram a traqueostomia, depois passar pelo procedimento há seis meses - Foto: Marco Antônio / Ascom Sesau



Em 2024, a saúde pública de Alagoas alcançou um marco histórico graças aos programas estruturantes da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Projetos como o Alagoas Transplanta, o Plano Estadual de Oncologia, o Respirar e o Salva Mais transformaram a realidade do atendimento médico no Estado, assegurando tratamento a milhares de pessoas e salvando centenas de vidas.


Esses programas representam uma revolução no cuidado à saúde da população, oferecendo acesso a procedimentos antes restritos à rede privada e filantrópica. Por meio deles, foi garantida mais qualidade de vida a milhares de alagoanos, bem como, a esperança de ter a vida salva.

“Os programas estruturantes criados em 2024 pela Sesau são um marco na história da saúde pública de Alagoas. Conseguimos não apenas atender mais pessoas, mas, também, oferecer tratamentos antes inacessíveis para os usuários do SUS [Sistema Único de Saúde]. Com isso, deixamos um legado para as futuras gerações”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda.


ALAGOAS TRANSPLANTA

Com um aumento expressivo de 93% no número de transplantes realizados em 2024, o programa Alagoas Transplanta trouxe esperança para pacientes que aguardavam por transplantes de órgãos como fígado, córneas, coração e rins. Para se ter ideia, este ano foram realizados 170 transplantes no Estado, enquanto no ano passado foram 88.


Do total de procedimentos realizados este ano, segundo a Central de Transplantes de Alagoas, 141 foram de córnea, 14 de fígado, 13 de rim e dois de coração. Já de janeiro a novembro de 2023 foram feitos 78 transplantes de córnea, sete de fígado, três de rim e nenhum de coração.


Graças ao Alagoas Transplanta, o Hospital do Coração Alagoano, em Maceió, realizou, no dia 17 de outubro, o primeiro transplante cardíaco da Rede Pública Estadual de Saúde, procedimento que marcou um novo capítulo para a saúde pública de Alagoas. A contemplada foi Jandair Marques da Silva, de 46 anos, autônoma, moradora de Palmeira dos Índios, e com insuficiência cardíaca há uma década.


Emocionada, Jandair expressou sua gratidão pelo transplante e pela dedicação dos profissionais que tornaram o sonho possível. “Eu só tenho a agradecer por essa nova chance. A gente nunca imagina que algo assim pode acontecer conosco, mas, graças a Deus, a equipe médica estava lá por mim. Estou com um coração novo, pronta para aproveitar a vida ao lado da minha família”, diz a paciente, com lágrimas nos olhos.


A coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, Daniela Ramos, enfatizou que os técnicos continuam atuando para aumentar ainda mais o número de transplantes realizados no Estado e, deste modo, reduzir a lista de espera. “E para isso contamos com conscientização e solidariedade da população, porque somente a família pode autorizar a doação dos órgãos do parente que entrou em morte encefálica”, recorda.


PLANO EMERGENCIAL DE ONCOLOGIA 

Em 2024, 995 pacientes foram atendidos pelo Plano Emergencial de Oncologia, que investiu R$ 2,5 milhões em tratamentos e serviços essenciais. A iniciativa tem ajudado a salvar vidas, a zerar a fila de espera para procedimentos cirúrgicos e a garantir atendimentos mais eficientes. O plano cobre desde a primeira consulta até exames e cirurgias e garante aos cidadãos de Alagoas uma assistência especializada.


A prioridade do Plano Emergencial de Oncologia é agilizar a assistência das pessoas acometidas por câncer, reduzindo o tempo entre o atendimento inicial e a cirurgia, respeitando o que preconiza o Ministério da Saúde (MS). Com isso, foram asseguradas 2.531 consultas, realizados 1.687 exames e 147 cirurgias.

Entre os beneficiados pelo Plano está a enfermeira Edilma Maria da Conceição, de 48 anos. Ela foi acometida por um câncer de mama e destaca a importância da iniciativa para o tratamento. “Fui muito bem tratada desde as primeiras consultas. Fiz minha cirurgia no Hospital Metropolitano e fui muito bem acolhida por todos os profissionais. Estava muito angustiada, mas o acolhimento da equipe me ajudou a criar forças. Só tenho a agradecer a todos pelo trabalho realizado”, salienta a paciente.


A coordenadora do Plano, Rafaella Toledo, destaca o cumprimento da legislação no Estado. “Em relação às cirurgias, a Sesau garantiu o reforço da equipe médica e multiprofissional na rede própria do Estado. Os procedimentos cirúrgicos são realizados no Hospital da Mulher [HM] e no Hospital Metropolitano de Alagoas [HMA]. Para ter noção da agilidade no atendimento, o intervalo de tempo entre a consulta no ambulatório estadual e a realização da cirurgia no HMA é de cerca de 25 dias”, ressaltou.


RESPIRAR 

O Respirar consolidou Alagoas como pioneiro no Brasil ao assegurar cirurgias de traqueostomia em crianças. Em oito meses, mais de 211 crianças receberam atendimento pelo programa. A iniciativa, que é gerenciada e custeada pela Sesau, com o apoio da Secretaria de Estado da Primeira Infância (Cria), e é ofertado no Hospital da Mulher (HM), no bairro Poço, em Maceió, viabiliza consultas, exames e demais procedimentos de traqueostomia infantil.


Uma equipe multidisciplinar garante o atendimento das crianças que por qualquer alteração ou complicação patológica precisaram usar uma cânula para respirar normalmente. A pequena Lorena da Silva foi uma das crianças beneficiadas pela Sesau e que retiraram a traqueostomia. A mãe dela, Joelma da Silva, relatou que se sentiu aliviada com a boa recuperação da filha e agradeceu por toda assistência que recebeu.


“Lorena estava aparentemente normal até que acordou um dia se sentindo fraca, sem conseguir ficar em pé. Fui para o hospital, ela ficou entubada um mês e cinco dias e já saiu de lá com a traqueostomia, que usou por seis meses. Graças a Deus deu tudo certo e a traqueostomia foi retirada. Só tenho a agradecer pelo atendimento e os cuidados que a equipe do Respirar teve com minha filha”, relata.

O acesso ao Respirar para uma criança que está fora de uma unidade de saúde se dá por meio do Sistema Estadual de Regulação (Sisreg). Já as que estão em um dos hospitais mantidos pelo Governo de Alagoas podem receber o atendimento quando apresentarem o perfil indicado. Nesses casos, uma equipe especializada é acionada e realiza o diagnóstico das patologias que causam dificuldades respiratórias.


Os programas estruturantes da Sesau não apenas salvaram vidas, mas, também, consolidaram Alagoas como referência em saúde pública no Brasil. A expansão de projetos como esses mostra o compromisso do governo em investir na qualidade de vida da população, garantindo um futuro mais promissor para todos.


OUTROS PROGRAMAS

Além dos Programas Alagoas Transplanta, Respirar e o Plano Emergencial de Oncologia, lançados em 2024 pela Sesau, o AVC Dá Sinais realizou 1.699 atendimentos, o Bate Coração fez 450 intervenções o Salva Mais, uma iniciativa da Sesau em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), por meio do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e do Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBM/AL), fez 19.092 atendimentos, entre transportes terrestres e aéreos.