Homan, em outra oportunidade, já havia dito que o governo Trump expulsaria famílias de imigrantes ilegais do país, incluindo pais cujos filhos nasceram em solo americano.

De acordo com Homan, citado pelo Wall Street Journal, a equipe de Trump agora estão esperando uma proposta do Congresso dos EUA sobre o valor do financiamento para a iniciativa. Homan acrescentou que via os militares como um "multiplicador de força" necessário para realizar a deportação em massa de imigrantes sem documentos dos Estados Unidos. Os militares também poderiam ser usados, segundo ele, ​​para ajudar com logística, tarefas administrativas, análise de inteligência e criação de infraestrutura.

Ao mesmo tempo, a reportagem enfatiza que tal prática já havia sido usada pelas autoridades dos EUA antes — em particular, pelo ex-presidente Barack Obama e pelo atual chefe do Executivo, Joe Biden, que usaram bases militares para deter temporariamente menores que entraram ilegalmente no país antes de devolvê-los às suas famílias. Refugiados também foram alojados em bases militares dos EUA após a retirada das tropas americanas do Afeganistão em 2021.

Trump já havia dito que em seu primeiro dia como presidente assinaria um pacote de ordens executivas para fechar a fronteira dos EUA para imigrantes sem documentos. Ele prometeu que todo membro de uma gangue estrangeira e estrangeiro ilegal em solo americano seria deportado e "destruído".

Em dezembro, a CNN informou, citando fontes, que a equipe de Trump também estava explorando várias maneiras de acabar com a cidadania por direito de nascença, incluindo a recusa de emitir documentos para filhos de pais sem passaporte e o endurecimento dos requisitos para vistos de turista.

Trump expressou repetidamente sua intenção de endurecer a política de imigração dos Estados Unidos e criticou Biden por sua inação. No entanto, o futuro governo Trump, discutindo planos para detenções e deportações em massa, enfrenta as mesmas restrições de recursos que Biden. A questão da regulamentação da política de imigração continua sendo um assunto de debate acalorado nos Estados Unidos.

Por Sputinik Brasil