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Misteriosas marcas de ferramentas são encontradas em ossos de bebê de 8.000 anos na China (FOTOS)
Arqueólogos chineses descobriram na província de Henan fragmentos do esqueleto de uma criança que viveu por volta de 6000 a.C. Os cientistas determinaram que ele sofria de uma ou mais doenças e morreu aos oito ou dez anos de idade.

A peculiaridade da descoberta é que, em seis lugares nos ossos das pernas da criança, os pesquisadores notaram várias marcas feitas por ferramentas. Nesse caso, conforme relatado em um artigo publicado na semana passada no International Journal of Osteoarchaeology, a razão pela qual os antigos habitantes da China fizeram isso é apenas uma suposição.
Fan Rong, da Universidade de Haifa, e seus colegas reportaram alguns resultados das escavações que tinham seu lugar no memorial Jiahu em 2001. Naquela época, os pesquisadores descobriram 97 sepultamentos, dos quais seis eram de crianças.
Em uma das sepulturas, que, de acordo com estimativas preliminares, remonta a cerca de 6000 a.C., os arqueólogos encontraram os restos mortais de três pessoas: um homem de meia-idade, uma mulher em potencial (apenas a mandíbula inferior dela sobreviveu) e uma criança.
Cientistas concentraram toda a sua atenção nos restos da criança, da qual sobreviveram apenas partes dos ossos longos e uma costela. A julgar por esses fragmentos de esqueleto, a criança tinha cerca de 8 a 10 anos de idade na época da morte.
Em seis locais nos ossos das pernas, os pesquisadores notaram vários entalhes que, ao que tudo indica, foram feitos por armas frias. A maioria dos grupos dessas marcas está localizada perto dos locais onde os músculos e os ligamentos se juntam.
Além disso, os paleopatologistas constataram que a ulna direita, o fêmur, a fíbula e as duas tíbias apresentavam alterações inflamatórias proliferativas no periósteo, indicando processos patológicos múltiplos ou crônicos, mas não conseguiram dar um diagnóstico específico. Nenhum dos 109 indivíduos desse monumento estudado apresentava algo parecido com isso.

Pode-se presumir que a criança doente foi tratada de forma diferente de seus colegas, cujos restos mortais foram encontrados no monumento Jiahu. De acordo com os cientistas, é possível que as alterações antropogênicas encontradas em seus ossos estejam relacionadas à sua condição e, por exemplo, poderiam ter sido feitas para aliviar a dor da criança na vida após a morte.
Outro motivo poderia ser o fato de seus ossos terem sido selecionados para a fabricação de algum tipo de artefato. Se esse fosse o caso, isso explicaria por que o crânio, as costelas, as vértebras e outros elementos do esqueleto estavam faltando na sepultura. No entanto, os cientistas concluíram que só podemos supor as verdadeiras razões para o comportamento incomum dos antigos habitantes da China.
Por Sputinik Brasil
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