Na manhã desta terça-feira (10), a política brasileira acordou apreensiva. É que, na madrugada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi submetido, às pressas, a uma cirurgia para drenar um hematoma intracraniano.

O susto já passou e o chefe do Executivo vem apresentando melhoras e boa recuperação no pós cirúrgico, conforme afirma o boletim médico emitido pelo Hospital Sírio-Libanês.

À Sputnik Brasil, lideranças e aliados petistas disseram que "embora esteja melhorando", o momento "chama atenção [dentro do Partido dos Trabalhadores] para quem poderá sucedê-lo em uma casual fatalidade" ou "até mesmo em uma impossibilidade de concorrer à reeleição".

Um auxiliar do líder-mor do PT amenizou a situação e disse que "o presidente está se recuperando, apresentando já um bom avanço no pós-cirúrgico", acrescentando que "não é momento para se pensar no pior". Ademais, segundo cravou à esta agência, "o PT tem bons quadros para uma possível sucessão".

Ao ser questionada sobre quem poderia ser um(a) possível sucessor(a) de Lula, a fonte não quis pontuar nomes por ser "precipitado" demais. Mas disse que a primeira-dama Janja é uma boa aposta e não pode ser descartada.

Avaliação médica

A equipe médica liderada por Roberto Kalil Filho e Ana Helena Germoglio (São Paulo) atualizou o estado de saúde do presidente após a craniotomia para drenagem de um hematoma. Segundo Kalil, o presidente está acordado e conversando normalmente. Kalil afirmou ainda que o chefe de Estado deve permanecer no Hospital Sírio-Libanês até a próxima segunda-feira (16), mesmo que seu quadro seja estável.

Segundo a equipe médica, trata-se de um procedimento padrão para esse tipo de situação e consiste na abertura de um pequeno orifício no crânio para que o sangue oriundo do hematoma possa ser drenado.

Por Sputinik Brasil