Economia

Inflação geral está abaixo que mercado esperava, mas com subidas que nos preocupam, diz Durigan

10/12/2024
Inflação geral está abaixo que mercado esperava, mas com subidas que nos preocupam, diz Durigan
Inflação geral está abaixo que mercado esperava, mas com subidas que nos preocupam, diz Durigan - Foto: Reprodução / internet

O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou nesta terça-feira, 10, que a inflação geral de novembro, divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), veio abaixo do que o mercado esperava, mas com algumas subidas que têm preocupado a equipe econômica, como o desempenho dos alimentos.

"A inflação veio abaixo das expectativas de mercado. Não estou falando para comemorar, até porque o preço dos alimentos está vindo maior", disse durante almoço na Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE).

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,39% em novembro, ante uma elevação de 0,56% em outubro, segundo o IBGE. A taxa na margem veio pouco acima das mediana das estimativas do Projeções Broadcast (0,36%), mas dentro do intervalo (de 0,22% a 0,50%). O IPCA acumulado em 12 meses ficou em 4,87%, resultado acima da mediana das projeções (4,70% a 4,92%, com mediana de 4,84%).

Dario participa de um almoço com deputados para debater as propostas do governo previstas no pacote de ajuste fiscal em tramitação no Congresso. Ele reiterou que o apelo da equipe econômica é para que haja um esforço para que as medidas sejam aprovadas ainda este ano para colher em 2025 uma pressão menor sobre os gastos obrigatórios do Orçamento. "Nós precisamos disso agora (de revisão de gastos), por necessidade orçamentária e financeira do governo", disse.

O secretário afirmou estar feliz com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) alternativa apresentada pelo Congresso para o ajuste fiscal e reforçou que "chegou o momento do debate". A estratégia da equipe econômica, disse, é equilibrar as contas públicas de uma forma não recessiva.

"Do ponto de vista objetivo, o que (o ministro da Fazenda, Fernando) Haddad e equipe têm em mente é orçamento equilibrado, não é narrativa isso porque estamos fazendo acontecer de uma maneira grave, com repercussões difíceis para gente", ponderou. Ele disse ainda que a avaliação autônoma e plena da equipe econômica é de que o governo tem feito, de fato, uma revisão de gastos.