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Entrega de armas nucleares a Kiev levaria a escalada descontrolada do conflito, diz MRE russo

Enviar armas nucleares para a Ucrânia seria o maior passo para uma escalada descontrolada do conflito, disse o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, à Sputnik.

28/11/2024
Entrega de armas nucleares a Kiev levaria a escalada descontrolada do conflito, diz MRE russo
Foto: © AP Photo / Juan Carlos Llorca

Anteriormente, o jornal The New York Times informou que algumas autoridades norte-americanas e europeias teriam sugerido a entrega de armas nucleares à Ucrânia.

O porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, descreveu essas declarações como irresponsáveis.

"Tal passo significaria não apenas a quebra de todo o sistema na esfera de não proliferação e controle de armas, que ainda está em vigor apesar da política destrutiva dos EUA, mas também o maior passo em direção a uma expansão maior e completamente incontrolável do conflito", disse Ryabkov à agência.

Como Ryabkov observou, tais declarações são feitas por "pessoas irresponsáveis em Kiev".

Comentando o risco de expansão geográfica dos ataques com mísseis de longo alcance ATACMS contra a Rússia, o vice-chanceler russo ressaltou que Moscou envia regularmente sinais de alerta verbais e "materiais" aos EUA, inclusive o teste recente de um dos mais novos sistemas russos de mísseis balísticos hipersônicos de médio alcance, Oreshnik, neste caso sem ogivas nucleares.

Contudo, uma solução negociada para a crise ucraniana é possível se os Estados Unidos e o Ocidente reconhecerem que não há alternativa à proposta de paz do presidente russo Vladimir Putin, disse.

Em 14 de junho, o presidente russo Vladimir Putin indicou os seguintes pré-requisitos para a solução do conflito ucraniano:

"Se os patronos do regime ucraniano [...] persistirem em suas teorias errôneas, insistirem em esquemas falsamente compreendidos e agravarem a situação com [nova] ajuda, armas, instigando Kiev a fazer mais e mais provocações e ações criminosas, então, é claro, não haverá base para negociações", afirmou Ryabkov.

Por Sputinik Brasil