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Animais resgatados retornam à Caatinga em ação de preservação
Mais de 160 espécies foram soltas, reforçando o combate aos crimes ambientais no bioma.
Na madrugada da última sexta-feira (22), 167 animais silvestres ganharam novamente a liberdade em uma emocionante soltura no Monumento Natural do Rio São Francisco, em Alagoas. A ação foi conduzida pela equipe Fauna da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) do Rio São Francisco, após o resgate de 350 animais mantidos em cativeiros clandestinos nos últimos sete dias.
“Cada animal resgatado e devolvido ao seu habitat é um passo na luta contra os crimes ambientais e na preservação dos nossos biomas”, destacou Rafael Cordeiro, médico veterinário do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) e coordenador da equipe Fauna. Segundo ele, espécies como aves de canto, jabutis e até um preá passarão por períodos de aclimatação antes de serem reintegradas à natureza.
Ações em campo
Os resgates ocorreram em sete municípios alagoanos, incluindo Monteirópolis, Craíbas e Arapiraca. Dois dias antes, a equipe também havia devolvido 96 animais ao bioma da Mata Atlântica. Para garantir a segurança dos animais, os locais de soltura foram escolhidos com critérios técnicos, levando em conta a sustentabilidade do habitat.
A operação mobilizou 26 profissionais de instituições como o IMA, o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), o SOS Caatinga, o Instituto de Preservação da Mata Atlântica (IPMA) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Conscientização e combate ao tráfico
Além do resgate, a FPI aposta na conscientização ambiental. Durante as operações, é incentivada a entrega voluntária de animais silvestres, com postos de arrecadação itinerantes em diversas cidades. “Muitas pessoas não têm noção do impacto negativo de manter animais silvestres em cativeiro. A entrega voluntária é uma forma de corrigir esse erro e contribuir para a preservação”, explicou Cordeiro.
Nos próximos dias, postos volantes estarão em praças de Feira Grande (dia 25), Campo Grande (26), Olho d’Água Grande (27) e São Brás (28).
Quando o sol nasceu sobre os cânions da Caatinga, o som das asas e dos cantos dos pássaros devolvidos à natureza marcou o momento como um símbolo da luta pela preservação da biodiversidade.
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