À Sputnik Brasil, uma fonte ligada ao STF disse que "quem fez isso [referindo-se à explosão] não fez só. Pode até ter feito de maneira errada, pois explodiu em si mesmo. Mas, agiu com intenção de perturbar a paz pública e acreditamos em outras intenções também".

Um auxiliar do ministro do STF Alexandre de Moraes ressaltou à esta agência que "medidas estão sendo tomadas e vamos maximizar e agilizar as diligências o quanto antes. Os envolvidos não ficarão impunes".

"O presidente Lula [Luiz Inácio Lula da Silva] é enfático: precisamos, em conjunto com a Polícia Federal, investigar os motivos que podem ter levado o suspeito a fazer isso, confirmar os envolvidos e, após isso, mostrar que ninguém sairá impune quando tenta um crime de lesa-pátria", disparou um auxiliar presidencial à reportagem.

Neste momento, o presidente brasileiro se reúne com os ministros Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin, ambos do Supremo. Há pouco, Lula havia se reunido com o diretor da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, no Palácio da Alvorada.

Questionada pela Sputnik, um auxiliar do presidente Lula disse que "a situação ainda é nebulosa, mas que assim que o culpado for achado, justiça será feita".

Sobre o caso

Um carro foi encontrado com explosivos e em chamas próximo à Câmara dos Deputados, enquanto ao menos duas explosões foram registradas em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal. A Polícia investiga se há relação entre as explosões e o incêndio. Ao menos uma pessoa foi encontrada morta.

De acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal, o homem morto teria realizado um "autoextermínio com explosivo" e vestia um terno verde com símbolos de naipes do baralho. Foi feita uma varredura no local para procurar por indícios de novos explosivos.

Em nota, o STF disse que "foram ouvidos dois fortes estrondos ao final da sessão e os ministros foram retirados do prédio com segurança". "Os servidores e colaboradores também foram retirados por medida de cautela", acrescenta.