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Cinco militares vão a júri pela morte do servente Jonas da Silva nesta quarta

Redação 13/11/2024
Cinco militares vão a júri pela morte do servente Jonas da Silva nesta quarta
Foto: Arquivo

Cinco policiais militares vão a júri popular nesta quarta-feira, 13, acusados de matar o servente de pedreiro Jonas Seixas da Silva, sequestrado em 9 de outubro de 2020 e, desde então, nunca foi encontrado.

Os réus Fabiano Pituba, Felipe Nunes da Silva, Jardson Chaves Costa, João Victor Carminha Martins de Almeida e Tiago de Asevedo Lima irão ao banco dos réus no julgamento, que será realizado Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, no Barro Duro.

De acordo com o inquérito policial, anexado na denúncia do Ministério Público do Estado de Alagoas (MP/AL), Jonas Seixas, de 33 anos, foi abordado pelos policiais militares, por volta das 15h45, na Travessa São Domingos, na Grota do Cigano, no Jacintinho.

Os militares realizavam uma operação em busca de drogas e, segundo a denúncia, entraram na residência de Jonas sem mandado de prisão ou busca para cumprir.

Nada de ilícito foi encontrado na residência, onde só a esposa de Jonas se encontrava. Ao sair da casa, os PMs se depararam com Jonas, que subia as escadas em direção ao imóvel.

Mesmo sem estar com materiais ilícitos ou ter mandado judicial contra ele, Jonas foi colocado em uma viatura sob agressões com spray de pimenta no rosto.
Testemunhas relataram à Polícia Civil que Jonas gritava desesperadamente dentro da viatura pedindo por socorro e afirmando estar passando mal.

Depois, o servente de pedreiro foi levado pelos policiais a uma região de mata, por trás de um motel, em Jacarecica, onde foi submetido à grave violência e ameaça por parte dos militares, que tinham o propósito de obter alguma confissão.

O inquérito concluiu que Jonas foi assassinado para que o crime de tortura fosse encoberto pelos denunciados, que ocultaram o cadáver.

O advogado Arthur Lira, que representa a família, diz que a expectativa é que os policiais sejam condenados pelos crimes de sequestro qualificado, tortura, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.

Lira afirma que “a defesa vai lutar imensamente para que a sociedade alagoana, através dos corpos de jurados, possa condenar os réus”.