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Estudantes de Arquitetura e Urbanismo promovem Passeata das Árvores

Ato acontece nesta quarta-feira (6), a partir de 9h, no bairro de Cruz das Almas, em Maceió

Lenilda Luna - jornalista 05/11/2024
Estudantes de Arquitetura e Urbanismo promovem Passeata das Árvores

Um grupo de estudantes de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) preparam uma intervenção urbana, em forma de passeata, com concentração nas proximidades do riacho Águas Férreas, no bairro Cruz das Almas. O ato será realizado nesta quarta-feira (6), a partir das 9h. Os estudantes pretendem caminhar pelo acostamento da avenida Gustavo Paiva, carregando maquetes de árvores.

Segundo Pedro Pedrosa, um dos organizadores, a proposta é chamar a atenção para a desarborização da cidade. “Maceió, além de ser extremamente quente, ainda conta com uma lógica urbana em que as árvores praticamente não existem, o que estimula o aumento do número de transportes individuais nas ruas e desestimula as pessoas a irem aos seus destinos caminhando, andando de bicicleta e a ocuparem o espaço público de uma maneira geral”, reflete o estudante.

Os estudantes pretendem divulgar para toda a sociedade os benefícios da arborização para a cidade, como: isolamento acústico, porque as árvores, com suas folhas e troncos, absorvem parte do som; regulação térmica, já que a copa das árvores cria sombra, reduzindo a temperatura do ambiente e diminuindo a sensação de calor; e redução da poluição do ar, porque os vegetais absorvem dióxido de carbono e liberam oxigênio, contribuindo para a melhoria da qualidade do ar.

Pedro afirma que essa “Passeata de Árvores” é um manifesto de jovens estudantes e de professores da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU/Ufal). “Estamos preocupados com a exígua cobertura vegetal nas ruas de Maceió. Soma-se a isso, as calçadas irregulares e mal pavimentadas, sem tratamentos adequados para a acessibilidade. Além disso, essa paisagem urbana é contaminada pela excessiva fiação aérea”, ressalta o estudante.

O grupo elaborou uma representação de árvores, reutilizando guarda-chuvas que receberam uma cobertura de tecidos imitando folhagens. “Marcamos o encontro no riacho Águas Férreas, porque esse curso de água encontra-se aprisionado por uma calha de concreto. O riacho foi transformado num receptáculo de esgotos que deságuam no mar. É mais uma realidade que queremos denunciar: a precariedade do saneamento básico”, finalizou o estudante.