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Como Interlagos se preparou para evitar problemas na F-1 após transtornos com temporal em 2023?
Em 2023, um temporal atingiu a cidade de São Paulo no fim de semana da corrida de Fórmula 1, no mês de novembro, e causou complexos transtornos em toda a capital, por falta de luz e quedas de árvores. No Autódromo de Interlagos, houve prejuízos com estruturas danificadas, cobertura de arquibancadas arrancadas pela força do vento e outros problemas. Para o evento deste ano, a organização reforçou suas ações para impedir que tais problemas se repitam.
"O que aconteceu em 2023 foi um aprendizado para nós. Jamais havia acontecido o que ocorreu no ano passado. Serviu de lição para a gente revisitar todos os protocolos de segurança. A gente dobrou os protocolos e montou outros de segurança e de evacuação, se necessário for", afirmou o CEO do Grande Prêmio de São Paulo de Fórmula 1, Alan Adler.
Adler ainda afirma que foi feita uma revisão do cálculo de resistência das estruturas temporárias, que servem para abrigar torcedores, em arquibancadas e outras áreas específicas do autódromo. O novo temporal que atingiu a capital paulista em 11 de outubro serviu de teste, uma vez que a velocidade no vento na região do circuito atingiu 107 km/h e não foram relatados danos.
Segundo a organização do GP, essas estruturas devem resistir a ventos de até 110 km/h (no ano passado, na sexta-feira do GP, o vento chegou a 104 km/h). Foi instituído também um protocolo para acompanhamento das condições meteorológicas. A partir de 80 km/h, é decretado estado de atenção; a partir de 100 km/h, é iniciado um trabalho de proteção e evacuação.
Outra novidade para o GP de 2024, é que o Centro de Gerenciamento de Emergência (CGE), da Prefeitura Municipal, funcionará dentro do autódromo. Um meteorologista foi deslocado para Interlagos, onde atuará de maneira mais estreia e célere junto à organização, com acesso a todas as ferramentas do CGE.
O QUE ACONTECEU EM 2023?
No GP passado, a última atividade de pista da sexta-feira (um treino classificatório) foi interrompido por causa da tempestade que se formou na Grande São Paulo. O temporal derrubou árvores, matou sete pessoas no Estado e deixou 2,1 milhões de pessoas sem luz.
No autódromo, nem mesmo a cobertura do paddock impediu a entrada de chuva. A cobertura de uma arquibancada no 'Mergulho' foi arrancada com o vento e, no restante do fim de semana, permaneceu descoberta. A lona que cobria a arquibancada montada entre o fim da 'Reta oposta' e a 'Descida do lago' foi rasgada e reparada na madrugada seguinte.
Em outro setor, na 'Junção', pouco antes da 'Reta dos Boxes', o estrago foi ainda maior, danificando uma das colunas de sustentação da arquibancada. Seis pessoas ficaram feridas, sendo que duas precisaram de atendimento hospitalar.
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