Alagoas

Câmara de Estudos Políticos da Vice-Governadoria promove debate sobre as Eleições 2024

Gabriel Cabral* e Alexandre Câmara 30/10/2024
Câmara de Estudos Políticos da Vice-Governadoria promove debate sobre as Eleições 2024



A Câmara de Estudos Políticos da Vice-Governadoria promoveu nesta terça-feira um debate sobre as eleições de 2024. O evento contou com a participação do vice-governador, Ronaldo Lessa; do secretário de Governo, Vítor Pereira; e do presidente do Sindicato dos Jornalistas de Alagoas, Alexandre Lino. A mesa foi composta pelas professoras Luciana Santana, Joyce Martins e Lorena Monteiro, e os professores Emerson Oliveira e Cícero Péricles.

O vice-governador Ronaldo Lessa ressaltou a importância de eventos para ampliar o debate político. Ele observou que o grande vencedor das eleições foi o “Centrão”, grupo composto por partidos de direita e centro-direita, e valorizou a atuação dos movimentos sociais que defendem causas minoritárias, como o movimento LGBTQIA+, movimentos das mulheres, quilombolas e indígenas, considerando-os essenciais para a estrutura política nacional.

O secretário Vítor Pereira destacou as diferenças entre as campanhas na capital e no interior, mencionando que Maceió é a cidade com maior consumo de conteúdo digital no estado, o que influenciou o resultado. Ele também apontou que todos prefeitos foram reeleitos em Alagoas, pois contaram com recursos federais e estaduais, além de toda a estrutura de políticas públicas que favorecem o eleitorado.

A professora Luciana Santana explicou que as eleições de 2024 foram marcadas por um alto índice de reeleição, com 2461 das 3006 tentativas sendo bem-sucedidas. O economista Cícero Péricles apresentou um panorama da influência dos recursos federais no resultado das eleições, enfatizando como investimentos e emendas têm impacto direto nos resultados eleitorais.

O jornalista Alexandre Lino destacou o enfraquecimento do ex-presidente Jair Bolsonaro que sofreu grandes derrotas, especialmente no segundo turno. Ele observou que, no ambiente digital, a direita largou na frente, ressaltando que a proliferação de conteúdos para distração faz com que os eleitores se informem menos, o que tornou essa a eleição mais digitalizada da história.

*Estagiário sob supervisão