Alagoas
Há mais de 40 anos na Seduc, irmãos são exemplos de comprometimento com o serviço público
Ana Paula Lins / Ascom Seduc
Um é regatiano; o outro, azulino. Um mora no Prado e o outro, no Farol. Diferenças
à parte, os irmãos Sebastião e Paulo Vanderlei de Araújo – ou simplesmente Basto e Paulinho, como são
conhecidos pelos colegas de trabalho – têm mais em comum do que os laços
sanguíneos: ambos integram uma família que, há décadas, serve à população
alagoana por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc). Nesta reportagem
especial em comemoração ao Dia do Servidor, conheceremos a história destes dois
irmãos que são referência de comprometimento e amor ao serviço público.
Trajetória pessoal
Nascidos e criados em Maceió, no bairro da Ponta Grossa, Basto e Paulinho fazem parte de uma família de cinco irmãos e, como a maior parte das crianças de sua geração, cresceram jogando bola, brincando de ximbra e empinando pipa com os amigos. A educação dos filhos era uma prioridade para os pais e ambos estudaram em instituições públicas ou cenecistas, a exemplo das escolas estaduais Correia das Neves, Cônego Machado, Benedito Moraes, Liceu Alagoano e o Colégio Élio Lemos. Após completarem 18 anos, começaram a trabalhar.
Juntos, os irmãos, que ainda contam com a companhia do caçula Jorge na Superintendência do Desenvolvimento do Ensino Médio e Políticas Educacionais da Seduc, são testemunhas – e protagonistas – da história e das mudanças pelas quais a pasta passou. Viveram diferentes gestões e conviveram com os secretários e secretárias dos últimos 45 anos. Presenciaram a evolução tecnológica, trocando a máquina de escrever pelo computador, o papel pelo digital, o fax pela internet. Viram Alagoas superar as dificuldades do passado e melhorar seus indicadores, avançando no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). E, claro, fizeram uma legião de amigos dentro e fora da instituição, sendo sempre referência profissional.
Trajetória na Seduc
Basto chegou primeiro à Seduc, em 17 de abril de 1978. Formado em Administração de Empresas, sempre integrou o gabinete da secretaria. Pelo seu setor, a Secretaria Administrativa do Gabinete (Segab), passam todos os processos da pasta, dentre os quais as matérias que seguem para publicação no Diário Oficial do Estado (DOE). “Pelo fato de tudo passar por nós, o nosso setor é muito dinâmico. Podemos dizer que não temos rotina, sempre há algo novo”, revela Basto. “A aprendizagem é mútua: eu passo a minha experiência, mas também aprendo com os mais jovens”, complementa.
Formado em Letras, Paulinho começou sua trajetória na Seduc em 22 de dezembro de 1981, na Biblioteca Pública – àquela época atrelada à pasta – e depois passou pelo Cadastro, Gabinete e Protocolo, setor com o qual se identificou e do qual foi chefe. Foi o representante da Educação na primeira edição da Medalha Sílvio Viana, em 2008, e também foi escolhido Servidor Guerreiro da Educação. Atualmente está na Superintendência Administrativa (SUAD) e sua rotina começa às 5h30, quando acorda. Morando próximo à Praça do Centenário, vai a pé para o Centro Educacional de Pesquisa Aplicada (Cepa), onde está localizada a Seduc. Veterano, faz questão de estar atualizado e aprende todos os dias com os colegas de trabalho, com quem também compartilha sua experiência.
“Gosto de interagir com as pessoas, de atender ao público. À Educação, só tenho a agradecer, pois aqui consegui uma legião de amigos. De Piranhas a Coité do Nóia, há sempre alguém com quem, nestes 43 anos, fiz amizade e mantenho contato. Uma história que me trouxe muitas alegrias e satisfação pessoal”, conta Paulinho.
Família e trabalho
A história da família se confunde com a história da Seduc e, além do irmão Jorge, seu pai Eraldo, a irmã mais velha Maria de Fátima e o cunhado José Espedito também trabalharam na pasta. E a Seduc é assunto até das festas de fim de ano dos irmãos.
“Quando nos reunimos para o Natal e Ano Novo, inevitavelmente, começamos a conversar sobre a secretaria. Nessas horas, nossa irmã mais nova intervém e pede para pararmos de falar de trabalho”, brinca Basto.
“Somos lotados em setores e superintendências diferentes e não interagimos muito no dia a dia, mas, sempre que necessário, um conversa com o outro em busca de dicas e formas de melhorar seu serviço e o atendimento às pessoas”, atesta Paulinho.
Queridos pelos colegas da Seduc, eles são o exemplo vivo dos versos de Roberto Carlos, que desejava ter “um milhão de amigos”. Dos mais jovens aos veteranos, todos são unânimes ao apontarem os irmãos como referência de profissional e ser humano. Uma delas é Roseleide Brito, que trabalha com Basto na Segab.
“Eles são uma referência aqui na secretaria; são pessoas éticas, altamente capacitadas e com quem todos aprendemos diariamente. São especiais, temos um convívio maravilhoso e me sinto privilegiada por tê-los não só como colegas de trabalho, mas também como amigos”, declara.
O que é ser servidor
Paulinho costuma brincar que, se somados os tempos de serviço dos irmãos na Seduc, “teremos um Jurassic Park” – referência ao filme de dinossauros de Steven Spielberg. Brincadeiras à parte, ambos falam com paixão quando questionados sobre o que é ser servidor público e atuar na Educação.
“Ser servidor público é dar o seu melhor à população. Sinto-me honrado em servir na Educação, uma pasta essencial para o desenvolvimento social. Fico muito feliz pelos avanços que tivemos nos últimos anos e me sinto motivado para continuar lutando pela Educação e por Alagoas”, destaca Basto.
“Ser servidor é ser pontual, produtivo e responsável. É ser feliz fazendo aquilo que gosta. Na Educação, você tem diversas formas de contribuir para uma Alagoas melhor. E sempre lembrar da importância do atendimento ao público, pois quem é bem atendido, sempre terá uma referência positiva sua”, pontua.
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