Na Livraria Travessa, por inspiração da Revista Brasileira, dirigida pela acadêmica Rosiska Darcy de Oliveira, foi realizada uma sessão cultural de discussão sobre a força da palavra. Falaram os acadêmicos Joaquim Falcão, Merval Pereira, Ruy Castro, Rosiska Darcy e o jornalista Fernando Gabeira. O presidente da ABL defendeu a tese de que devemos ser mais otimistas em relação ao futuro da comunicação entre os povos.

Houve uma referência à Inteligência Artificial e sobre ela queremos aduzir algumas considerações. Um documento elaborado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, com previsão de 23 bilhões de reais até 2028, batizado de “Plano IA para o Bem de Todos”, prevê o uso dessa tecnologia em cinco frentes: infraestrutura tecnológica, capacitação de pessoas, melhorias no serviço público, inovação empresarial e avanço regulatório.

Como se vê, são objetivos ambiciosos, o principal dos quais é a inovação empresarial, com a criação de data centers alimentados por fontes de energia renovável no Norte e no Nordeste.

O texto fala na criação de uma Nuvem (sistema de armazenamento de dados) vinculada a estatal Dataprev.

A intenção é usar a IA e diagnósticos e prevenção no SUS (Sistema Único de Saúde), em gestão inteligente para controlar, por exemplo, a frequência escolar e evitar evasão de alunos.Propõe-se a compra de um supercomputador de IA e a criação de uma Olimpíada de IA para universitários, tarefa em que a ABL poderia também estar envolvida.

Na prática, seria uma forma de reduzir dependência de soluções de fora, par anão ficarmos à mercê de empresas como a Meta e a OpenAI. Vale a pena lembrar que países como a China e Singapura já têm suas próprias Ais soberanas e estão, pois, à nossa frente.

É claro que o assunto chega aos festivais de arte. O tradicional Prêmio Jabuti desclassificou um livro após descobrir que sua ilustração foi feita com IA. Nos Estados Unidos há muitos processos relativos a essa matéria. Isso ainda precisa ser devidamente regulamentado em nosso país.