Economia
Galípolo nega pressão de Lula por Selic: 'Já cortei, subi e mantive os juros'
Declaração foi dada em sabatina no Senado
Indicado à presidência do Banco Central, Gabriel Galípolo negou ter sofrido qualquer pressão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a condução dos juros básicos da economia ou qualquer outra decisão relacionado a seu cargo no Banco Central. Atualmente, ele é diretor de Política Monetária do BC.
A declaração foi dada em sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado após ser questionado pelo senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) se teria a coragem de Henrique Meirelles, considerando uma passagem do livro recém-lançado do economista que sugere que Lula teria feito um pedido a ele na época em que era presidente do BC antes de um encontro do Copom.
Para fortalecer seu argumento, Galípolo lembrou que já até aumentou a taxa Selic, na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em setembro. Na oportunidade, o comitê retomou o ciclo de alta da taxa Selic, elevando os juros de 10,50% para 10,75% ao ano.
--- Eu adoraria poder me vangloriar de que já tive a coragem (de Meirelles), porque, em um ano e meio, já cortei, subi e mantive. Completei a caderneta, já fiz as três opções que um diretor de política monetária pode fazer. Mas eu estaria me vangloriando falsamente ao dizer que tive coragem. Porque a verdade é que nunca sofri nenhuma pressão.
Galípolo garantiu que, no futuro, caso alguma pressão aconteça, teria coragem, seguindo o mandato legal do BC e sua própria consciência, mas disse que nunca queria passar uma ideia "leviana" de intervenção de Lula.
Segundo Galípolo, em todas as oportunidades, o petista disse que não iria fazer qualquer tipo de interferência.
--- Eu realmente jamais sofri nenhuma pressão. Todas as vezes que o presidente me encontrou ou me ligou, ele me disse: "comigo você vai ter toda tranquilidade, jamais vou te perguntar antes, jamais vou fazer qualquer tipo de interferência, você vai ter todo tipo de liberdade para tomar a decisão de acordo com o seu juízo. Eu vou respeitar sempre".
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