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Eleições - Nova primavera nos jardins da vida

Rostand Lanverly 07/10/2024
Eleições - Nova primavera nos jardins da vida
Rostand Lanverly - Foto: Arquivo/Facebook

Em comum, todos os locais onde habitei durante minha infância, possuíam jardim, para mim, mais que espaço físico, refúgio para a alma, lugar de contemplação e renovação, conectando o indivíduo com a natureza, trazendo tranquilidade e momentos de introspecção.


Em Alagoas, vivemos período pós eleitoral, considerando o pleito haver sido definido em turno único, contudo na sexta feira anterior ao domingo fatal para os candidatos e votantes, compareci ao mercado da produção, para adquirir condimentos usados na refeição, e ali deparei com dezenas de aficionados partidários, bandeiras ao vento, distribuindo santinhos de todas cores e ideologias.


Não sei o motivo, mas passei a imaginar serem as eleições, como os jardins da vida, ciclos que exigem cuidado, paciência e visão clara do futuro. Assim como o jardineiro escolhe as sementes que irá plantar, o eleitor faz suas escolhas, apostando naqueles que acha, poderão transformar a terra árida, em campo fértil de oportunidades e justiça.


Naquele instante passou por onde estava, conhecido de corridas na praia, que eu nem mesmo sabia, postulava uma das cadeiras na câmara municipal e após me elogiar sem limites e adesivar com “logos” de sua campanha, seguiu adiante, justo no momento que escolhi frasco de pimenta para comprar.


Foi quando pensei que a similaridade existente entre aquele molho picante que peguei e os políticos, estava na intensidade com que ambos podem ser percebidos. Assim como a pimenta, que pode ter diferentes níveis de ardência, os vereadores e prefeitos variam em suas posturas e efeitos na sociedade. Alguns trazem um tempero necessário, dando sabor ao debate e às decisões, enquanto outros podem ser excessivos, causando desconforto e até queimaduras.


Apesar de tudo, teimo em considerar serem as eleições, como nova primavera no jardim da vida, oportunidade de replantar, renovar e corrigir os erros do passado, cabendo a nós, o povo, como paisagista do nosso destino, termos tido o cuidado para que as próximas flores que desabrocharão em janeiro de 2025, não sejam ilusórias, mas raízes firmes de um futuro mais justo e próspero. Vamos esperar para ver!!!