Política
PF também conclui que é falsa assinatura de médico em laudo publicado por Marçal
Depois da Polícia Civil de São Paulo, a Polícia Federal também concluiu que o laudo médico divulgado por Pablo Marçal (PRTB), de uma suposta internação de Guilherme Boulos (PSOL) por uso de cocaína, é falso.
Os peritos da PF identificaram divergências na assinatura do médico José Roberto de Souza, já falecido. Foi feito um exame grafoscópico no documento.
As inconsistências, segundo a Polícia Federal, indicam a "procedência de natureza espúria" da assinatura.
"As evidências suportam fortemente a hipótese de que os manuscritos questionados não foram produzidos pela mesma pessoa que forneceu os padrões", diz o relatório da perícia.
O exame grafoscópico permite verificar a autenticidade de textos manuscritos a partir da análise de padrões de escrita, como qualidade do traçado, forma, velocidade e ritmo.
A perícia foi possível a partir da comparação do laudo com outras assinaturas legítimas do médico encontradas em arquivos oficiais, como fichas de identificação civil e um pedido de passaporte.
A Polícia Federal concluiu que há inconsistências "tanto nas formas gráficas, quanto em suas gêneses, não havendo evidências de que tais grafismos tenham sido escritos por uma mesma pessoa".
Além das incoerências na assinatura, apontadas pela Polícia Federal e pela Polícia Civil de São Paulo, o número da carteira de identidade (RG) de Boulos tem um dígito a mais.
No domingo, 6, ao ser questionado sobre o episódio, o desembargador Silmar Fernandes, presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), garantiu que, se a fraude ficar comprovada, Pablo Marçal vai responder judicialmente. Se for condenado, ele pode ter os direitos políticos suspensos, o que lhe deixaria inelegível.
Pablo Marçal atribuiu a publicação do documento ao seu advogado, Tássio Renam. "Vocês podem falar com o Tássio Renam. Ele que postou, na hora da postagem eu estava no (podcast) Inteligência Limitada. Ele mesmo postou. E a gente tá 100% em paz", afirmou a jornalistas após votar no domingo.
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