Internacional
Sob bombardeio do Hamas, Israel tem protesto em frente à casa de premier e atos em memória de vítimas e reféns
Cerimônias memoriais aconteceram em meio a ataques lançados de Gaza e do Líbano; fórum de reféns confirmou a morte de um novo refém

Familiares dos reféns sequestrados pelo grupo terrorista Hamas durante o protestaram em frente à casa do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, nesta segunda-feira, dia em que o país relembra um ano daquele que é considerado o pior ataque contra o povo judeu desde o Holocausto. Cerimônias memoriais foram realizadas pelo país, enquanto cidades do país voltaram a ser alvo de bombardeios provenientes de Gaza.
Guerra no Oriente Médio, 1 ano:
Entenda:
As famílias dos 100 reféns que ainda são mantidos no enclave palestino — dos quais estima-se que ao menos 1/3 estão mortos — se reuniram na rua Azza, em Jerusalém, em frente à residência particular de Netanyahu. No horário exato que o ataque lançado pelo Hamas completou um ano, às 06h29 (00h29 em Brasília), os manifestantes dispararam uma buzina, que soou durante dois minutos. Alguns dos presentes choraram, enquanto outros permaneceram imóveis. Ao menos 20 famílias permaneceram no local horas depois da sirene.
Horas após o início do ato em sua rua, Netanyahu prometeu resgatar todos os reféns mantidos em cativeiro em Gaza, durante uma cerimônia realizada em Jerusalém.
— Neste dia, neste lugar e em muitos lugares do nosso país, recordamos os nossos mortos, os nossos reféns, a quem estamos obrigados a trazer de volta, e a nossos heróis caídos em defesa da pátria e da nação. Sofremos um terrível massacre há um ano — declarou Netanyahu na cerimônia em Jerusalém.
Ao redor do país, os atos em memória das vítimas e reféns do atentado aconteceram sob ataque, uma vez que o conflito iniciado há um ano se espalhou pela região e as tropas israelenses enfrentam duas frentes de batalha: uma em Gaza e outra no Líbano. O Hamas lançou mísseis contra o sul de Israel e Tel Aviv, em um ataque aparentemente programado para lembrar um ano do atentado. A maioria dos projéteis foi abatida, enquanto ao menos um caiu em uma área aberta.
Do Líbano, o Hezbollah, aliado do grupo palestino no norte, também lançou novos ataques, , a maior cidade do norte do país. Israel disparou novos ataques contra Gaza e Líbano ao longo da manhã, enquanto a população civil se dedicava ao luto.
Nos arredores do kibutz Re'im, onde ao menos 370 pessoas morreram durante o atentado, um ato memorial foi realizado no local onde acontecia o festival de música eletrônica Nova. O presidente israelense, Isaac Herzog, compareceu a um ato às 06h29, quando foi respeitado um silêncio solene. Parte dos presentes chorou enquanto recebia o presidente.
Na cidade de Tel Aviv, famílias de reféns e apoiadores se reuniram antes do amanhecer para pedir o retorno de seus entes queridos, segurando faixas e cartazes com suas fotos. As notícias que foram divulgadas ao longo da manhã, porém, foram desanimadoras. O Fórum das Famílias de Reféns e Desaparecidos, uma organização da sociedade civil que se formou após o atentado, : Idan Shtivi, de 28 anos, sequestrado no Festival Nova. (Com AFP)
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