Política
Policiais militares são detidos em Belford Roxo por suspeita de boca de urna; um deles é secretário municipal
Em cidades da Baixada Fluminense, primeiro turno da eleição teve ainda apreensão de dinheiro e um homem baleado
Tentativa de compra de votos, boca de urna e violência marcaram as eleições 2024 na Baixada Fluminense. Ainda na noite de sábado, em Nilópolis, 24 pessoas foram presas pela Polícia Federal com mais de R$ 63 mil e uma relação com nome de eleitores. Horas mais tarde, na madrugada de domingo, em Mesquita, um homem foi baleado por pessoas não identificadas quando estaria colando adesivos para um candidato. Já em Belford Roxo, pelo menos 31 pessoas foram detidas por suspeita de boca de urna. Entre os detidos estão três policiais militares, incluindo o secretário de Ordem Pública da cidade, Marcelo Dias.
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Os PMs estavam num comboio de quatro carros, interceptado no bairro São Bernardo por policiais militares do 39º BPM (Belford Roxo). O automóvel ocupado pelos militares estava com a placa coberta por um adesivo de campanha do candidato a prefeito Matheus Waguinho. Por conta disto, uma quarta pessoa foi presa por crime de adulteração de sinal de identificação de veículo.
Nos outros carros foram encontrados material de campanha eleitoral. Ao todo, durante a ocorrência, 21 pessoas foram detidas.
A delegacia de Belford Roxo abriu um inquérito para apurar o caso e vai encaminhar todo o material apreendido para a Polícia Federal. Em nota, a Polícia Militar informou que a Corregedoria da Corporação instaurou um procedimento para analisar o caso.
Já a prefeitura de Belford Roxo afirmou que o secretário Marcelo Dias "não transportava nenhum material contendo fake news".
"A polícia parou um carro que estava à frente do secretário, que foi levado também à delegacia para prestar esclarecimentos. Como não transportava nenhum material de fake news, os advogados do secretário estão pedindo o desmembramento do caso, provando assim a inocência de Marcelo Dias", diz a nota do município.
Emboscada em Mesquita
Já policiais de um comboio da Polícia Civil, formado por agentes da Polinter, Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) e Departamento Geral de Polícia Especializada, conseguiram deter dez pessoas por boca de urna. Eles foram autuados e assinaram um termo circunstanciado, se comprometendo a comparecer à Justiça, antes de serem liberados.
O caso mais grave foi registrado durante a madrugada em Mesquita. Um homem que estaria trabalhando para um candidato foi baleado nas proximidades do bairro de Edson Passos. Informações que circulam nas redes sociais dão conta de que a vítima teria sido emboscada a tiros por militantes de um candidato rival.
Ele foi inicialmente atendido na Unidade de Pronto Atendimento do município e depois transferido para o Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, Duque de Caxias. A delegacia de Mesquita investiga se o crime teve ou não motivação política e também a autoria da tentativa de homicídio.
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