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Em clima de revanche, Brasil busca hexacampeonato contra rival Argentina na final da Copa do Mundo

Seleções duelam pela primeira vez na decisão do torneio; albiceleste foi algoz em 2021

Agência O Globo - 06/10/2024
Em clima de revanche, Brasil busca hexacampeonato contra rival Argentina na final da Copa do Mundo
Brasil vai para a final com a Argentina - Foto: CBFs

Após 12 anos de jejum, o Brasil volta a ter a chance de conquistar a Copa do Mundo de Futsal pela sexta vez. O adversário na decisão de hoje, às 12h (horário de Brasília), em Tashkent, no Uzbequistão, é mais do que conhecido: a rival Argentina, que eliminou a seleção na semifinal do Mundial de 2021. Com o então melhor ataque (36 gols feitos) e defesa (cinco sofridos) do torneio, o time do técnico Marquinhos Xavier tem destaques individuais e coletivos como pilares para recolocar a bandeira verde e amarela no topo do mundo.

Artilheiro da competição com dez gols até aqui, o desempenho de Marcel na final é uma das apostas na busca pelo hexacampeonato. Fruto do sucesso no Magnus, de São Paulo, o ala de 28 anos foi jogar na Espanha a partir de 2018, o que o fez evoluir taticamente, como nas questões de bloqueio e posicionamento na quadra, uma vez que “são diferentes do futsal brasileiro”.

Depois de fazer parte do ciclo, e não ir à Copa de 2021, o jogador do ElPozo Murcia Costa Cálida confessa que “não imaginava nem nos melhores sonhos” ser goleador da seleção e do Mundial. Apesar de chamar atenção pelo aspecto individual, ele valoriza o espírito e a união da equipe brasileira para alcançarem o objetivo em comum: “serem campeões juntos”.

— Temos defendido muito bem, não só em relação a posicionamento e estratégia, mas se entregando com coração e alegria quando perde uma bola, sendo que o brasileiro é conhecido normalmente pelo ataque, mas mostramos que também sabemos marcar — ressalta Marcel, que também lidera em assistências (5) e chutes (50) do Brasil.

Além de Marcel, o capitão Dyego, do Barcelona, o pivô Ferrão e o atual melhor do mundo, Pito, que pode voltar a jogar na final depois de sofrer uma lesão muscular na coxa direita às vésperas das oitavas, potencializam a qualidade ofensiva do time brasileiro. Na defesa, a organização e disputa por cada bola chamam atenção, não à toa é a seleção que sofreu menos gols até aqui.

No comando técnico do Brasil desde 2017, Marquinhos Xavier tem domínio do elenco que tem em mãos, o que vem surtindo efeito com substituição certeiras durante a campanha deste Mundial. É justamente o que pontua Marcelo Rodrigues, comentarista de futsal do Grupo Globo, que reforça a importância da preparação nas Datas Fifa ao permanecer com boa parte do elenco da última Copa e, ao mesmo tempo, dar oportunidades a novos jogadores.

Equilíbrio na final

Do outro lado, a Argentina chega à terceira final consecutiva, sendo que conquistou o título em 2016. Destaques para Alan Brandi, artilheiro da equipe com sete gols, no ataque, e o veterano e capitão, Pablo Taborda, de 38, como líder na marcação.

— É um jogo muito disputado e de inteligência emocional. Um detalhe na bola parada ou um movimento equivocado podem ser fatais, principalmente contra a Argentina. Acho que o Brasil vai entregar a bola em alguns momentos para apostar na transição rápida. As defesas vão ter que trabalhar bastante. Pelo último ciclo e pela história, o Brasil tem uma leve vantagem técnica — opina Marcelo.

Neste ano, o Brasil venceu a Argentina duas vezes na Copa América (2 a 0 e 4 a 1). Desta vez, as seleções fazem um duelo inédio na final da Copa do Mundo de Futsal.