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Ofensiva aérea de Israel no Líbano é a 'mais intensa' fora de Gaza nos últimos 20 anos, diz grupo de monitoramento

Novos ataques ocorreram neste sábado, com dois oficiais do Hamas mortos no país e relatos não confirmados da morte do possível sucessor de Hassan Nasrallah em um ataque na véspera

Agência O Globo - 05/10/2024
Ofensiva aérea de Israel no Líbano é a 'mais intensa' fora de Gaza nos últimos 20 anos, diz grupo de monitoramento
Ofensiva aérea de Israel no Líbano é a 'mais intensa' fora de Gaza nos últimos 20 anos, diz grupo de monitoramento - Foto: Reprodução

A campanha aérea de Israel no Líbano, que em menos de três semanas matou mais de 1.400 pessoas, feriu quase 7.500 e deslocou mais de um milhão de habitantes, já é considerada a mais intensa fora da Faixa de Gaza em duas décadas, de acordo com o grupo britânico de monitoramento de conflitos Airwars. A ofensiva continuou neste sábado, com novos bombardeios de Israel contra líderes do Hezbollah e aliados em áreas do centro, norte e sul do Líbano, culminando na morte de dois oficiais do grupo terrorista Hamas no país. Além disso, fontes de segurança israelenses informaram que Hashem Safieddine, apontado como sucessor do líder do grupo xiita, Hassan Nasrallah, foi morto em um ataque aéreo em Beirute na sexta-feira, embora a informação não tenha sido confirmada pelo grupo.

Segundo o Exército de Israel, os alvos deste sábado foram "depósitos de armas, centros de comando e outras infraestruturas terroristas" perto de Beirute, provavelmente na região de Dahiya, área controlada pelo Hezbollah, onde nuvens de fumaça foram vistas no início da manhã.

O Hamas comunicou que o comandante Said Attala Ali, sua esposa e duas de suas filhas foram mortos "num bombardeio sionista contra sua casa" no campo de refugiados palestinos de Beddawi, perto de Trípoli, no norte do Líbano. Em outra nota, o grupo confirmou a morte de Mohammad Hussein al Lawis num ataque na zona de Saadnayel, no leste do país.

Segundo os militares israelenses, Hussein estava no comando do Hamas na Judéia e Samaria, nome que Israel usa para se referir à Cisjordânia ocupada, além de ser "responsável pelo estabelecimento do Hamas no Líbano, o fornecimento de armas para ataques de foguetes contra Israel e a fabricação de armas sofisticadas". Também afirmaram que Ali "realizou ataques terroristas contra alvos israelenses e trabalhou para recrutar agentes do Hamas no Líbano".

Enquanto Israel prossegue com sua campanha militar no país, o Hezbollah disse que disparou cerca de 90 foguetes contra o norte israelense neste sábado. A maioria parece ter sido interceptada pelos sistemas de defesa aérea de Israel, e não houve relatos imediatos de feridos.

Há uma crescente preocupação sobre se a ampliação da guerra poderia envolver ainda mais o Irã, que apoia tanto o Hamas quanto o Hezbollah, e lançou uma série de mísseis balísticos contra Israel no início da semana. O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse na sexta-feira que o Irã poderia realizar novos ataques contra Israel "se necessário".

*Em atualização.