Internacional
Libaneses chegam a pagar R$ 10 mil para fugir do país em iates de luxo
Mesmo com o preço elevado e a dificuldade de conseguir visto para o Chipre, fila de espera é longa

Para fugir dos bombardeios de , famílias libanesas mais abastadas têm disputado vagas em iates de luxo. Um lugar nessas embarcações para uma viagem ao custa em torno de R$ 10 mil. A fila de espera é longa, mas a maioria dos libaneses não tem nem o dinheiro para a passagem nem o visto necessário para entrar no Chipre.
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Análise:
O melhor exemplo, segundo o jornal britânico The Guardian, é o iate Princess 2010. Ele antes era alugado para festas suntuosas e agora não tem passagens disponíveis, embora cada uma saia por US$ 1.800 (R$ 9.900).
Avaliado em US$ 1,3 milhão (R$ 7.150.00), o Princess 2010 tem 24 metros de comprimento e antes dos bombardeios de Israel costumava fazer roteiros festivos pela costa libanesa, por cerca de US$ 600 por pessoa.
Porém, desde 23 de setembro, quando começaram os ataques israelenses, o Princess 2010 já fez mais de 30 viagens para levar pessoas de ao Chipre. Cada uma dessas viagens leva cerca de 15 passageiros.
Segundo o corretor de viagens Khalil Bechara, não há vagas nem no Princess 2010 nem em outro iate de luxo com o qual opera. Outras embarcações de luxo também têm realizado a travessia.
A viagem de cerca de 200 quilômetros leva aproximadamente quatro horas para ser realizada por embarcações mais velozes, como os iates. Barcos menos potentes cumprem a mesma distância em seis horas ou até mais, dependendo das condições do mar.
O Aeroporto de Beirute segue aberto, mas somente a companhia aérea nacional do , a Middle East Airlines, manteve os voos regulares e o Chipre é a opção segura mais próxima.
Embora países, como o Brasil, tenham enviado aviões para buscar seus cidadãos, libaneses sem parentes no exterior não têm essa opção e buscam desesperadamente por formas de deixar o país. Jatos particulares também não têm podido mais voar do aeroporto da capital libanesa.
Perigo nas rotas terrestres
Como as rotas terrestres seguem sendo as mais perigosas, muitos libaneses procuram fugir pelo mar. Quem não pode pagar pelos iates mais seguros e rápidos, têm recorrido também a embarcações mais simples, muitas delas precárias, e oferecidas em anúncios nas redes sociais.
Com as casas destruídas ou com medo das bombas, muitos libaneses estão morando em barracas pelas praias e ruas de Beirute.
Quase duas mil pessoas já morreram e nove mil sofreram ferimentos no Líbano, vítimas dos bombardeios de Israel. O governo libanês estima que um milhão de pessoas tiveram que deixar suas casas.
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