O Ministério Público Eleitoral, com o apoio da Polícia Militar, cumpriu 14 mandados de busca e apreensão para apurar crimes de corrupção eleitoral nesta sexta-feira em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Duas pessoas foram presas, sendo uma delas integrante do grupo miliciano. Durante as buscas, R$ 54 mil foram apreendidos na casa do parlamentar investigado.

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Dos pedidos de busca, seis apuram crimes de intimidação eleitoral com participação de um vereador candidato à reeleição e integrantes da milícia que atua no bairro Xavantes. Esta investigação foi iniciada após denúncias de que os milicianos estariam obrigando a população da região a votar no vereador que também é investigado. Segundo o MPE, o parlamentar prometia proteção política ao grupo como retribuição pelo serviço.

Em outra investigação no município, o MPE expediu outros oito mandados de busca e apreensão por suspeita de um esquema de compra de renúncia de mulheres a cargos de vereadoras. Segundo o órgão, um grupo de candidatas de uma coligação estariam desistindo do pleito em troca de compensação financeira por membros de um grupo rival.

As buscas revelaram que, após receberem o dinheiro, as postulantes, além de desistirem da eleição, publicavam em suas redes sociais mensagens de apoio a candidatos de partidos da coligação rival.

O pedido de busca e apreensão foi aprovado pelo juiz da 154ª Vara Eleitoral após mensagens encontradas no celular do candidato Dinho Resenha (Republicanos), preso desde agosto por suspeita de compra de votos e indícios de ligação com o tráfico de drogas, mostrarem que ele também foi aliciado pelo mesmo grupo para retirar sua candidatura.

Mais dinheiro encontrado

A Polícia Federal (PF) apreendeu na noite desta quinta-feira cerca de R$ 1,8 milhão em espécie, encontrado dentro de veículos estacionados em um centro empresarial na Barra da Tijuca. Os agentes cumpriram dois mandados de busca e apreensão, expedidos pela 188ª Zona Eleitoral da Justiça Eleitoral, de Irajá.

Durante a operação, os policiais encontraram o dinheiro distribuído em caixas de papelão no interior de dois veículos de uso exclusivo de empresários alvos da operação, que estavam estacionados no local. Um dos investigados é suspeito de praticar corrupção eleitoral e lavagem de dinheiro.