Internacional
Ataque de Israel bloqueia principal ligação entre Líbano e Síria, rota usada por pessoas que tentam fugir da guerra
Israelenses alegam que rodovia serve como linha de suprimentos para o Hezbollah; grupo afirma que 11 socorristas morreram em bombardeios na região sul do país

Um ataque israelense na fronteira entre o e a bloqueou a principal ligação terrestre entre os dois países, que foi usada por centenas de milhares de pessoas , e dos bombardeios hoje concentrados em Beirute. Segundo os militares israelenses, a estrada também é uma linha de suprimentos para o grupo xiita.
Situação incerta:
Guga Chacra:
Em entrevista à agência Reuters, o ministro dos Transportes do Líbano, Ali Hamieh, disse que o ataque deixou uma cratera de quatro metros de diâmetro perto do posto de fronteira de Masnaa, por onde, segundo ele, passaram cerca de 300 mil pessoas nos últimos 10 dias, em sua maioria cidadãos sírios.
Ele reiterou que as instalações são controladas pelo Estado libanês, e não pelo — de acordo com o jornal L’Orient le Jour, cerca de dois quilômetros da estrada entre Líbano e Síria estão intransitáveis, mas não houve vítimas no local.
Apesar do bombardeio, apenas o tráfego de veículos foi interrompido, e as pessoas agora precisam atravessar um campo de escombros antes de cruzar em direção ao território sírio — em entrevista à BBC, Matthew Hollingworth, diretor do Programa da para Alimentos, se mostrou preocupado com os efeitos do bloqueio sobre o envio de itens como alimentos e de ajuda humanitária a regiões afetadas pelo conflito, e pediu que rotas alternativas não sejam atingidas em ataques futuros.
— Isso significa que bens que normalmente viriam por terra por essa travessia, a maneira mais barata e eficaz de trazer commodities para aquele país, também não poderão ser recebidos aqui — afirmou. — Nós realmente gostaríamos que eles permanecessem abertos, porque serão essenciais para as pessoas saírem e também para as commodities humanitárias entrarem.
Em comunicado, o Exército israelense disse que o posto de controle era um ponto de passagem de armas para o Hezbollah, citando ainda a existência de um túnel de 3,5 km na mesma área de fronteira. O texto afirma ainda que as armas muitas vezes eram transportadas a bordo de veículos civis, e pediu ao Líbano que intensifique as inspeções. Desde o início da guerra, tem ameaçado atacar qualquer veículo — por terra, ar e mar — suspeito de levar armas ao Hezbollah, e ameaçou agir no aeroporto de Beirute para impedir a chegada de eventuais aeronaves iranianas.
"As IDF não permitirão o contrabando dessas armas e não hesitarão em agir se forem forçadas a fazê-lo, como fizeram durante toda esta guerra", disse o porta-voz militar de Israel para a mídia árabe, Avichay Adraee, no X.
Análise:
No sul do Líbano, o Hezbollah anunciou a morte de 11 socorristas ligados à organização após ataques israelenses contra Marjayoun, Chakra e Khirbet Selem, todos nesta sexta-feira. Em Marjayoun, uma cidade de maioria cristã, o maior hospital está fora de serviço depois de um bombardeio contra um veículo em uma rua próxima. Ataque semelhante ocorreu em Khirbet Selm, e que teve como alvo um prédio usado pela Autoridade Islâmica da Saúde, associada ao grupo xiita.
Na terça-feira, nove pessoas morreram em um bombardeio de Israel — na ocasião, o grupo disse que sete dos mortos eram socorristas.
Entenda:
Para a diretora regional do Fundo de População das Nações Unidas, os ataques contra a infraestrutura médica do Líbano são “catastróficos”. Em entrevista à al-Jazeera, Laila Baker disse que 40 instalações do tipo foram fechadas na última semana, e as que ainda estão abertas operam no limite por causa do elevado número de feridos, incluindo mulheres, crianças e profissionais da saúde.
— Estamos vendo quase literalmente uma repetição do que estava acontecendo em Gaza com as violações israelenses do direito internacional humanitário — disse Laila Baker à rede do Catar. —O Líbano é um país pequeno, e Beirute é uma área muito demograficamente compactada. Se as bombas estão caindo no centro da cidade, essas são famílias, pessoas, cujas vidas foram destruídas.
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