Internacional
Dois militares israelenses morrem em ataque com drones contra base nas Colinas de Golã
Ação foi realizada por grupo de milícias no Iraque, e vem dias depois de lançamento de mísseis do Irã contra Israel; EUA e Reino Unido bombardeiam houthis no Iêmen
Dois soldados israelenses morreram e outros 24 ficaram feridos em um ataque com drones contra uma base nas Colinas do Golã, território sírio ocupado por desde 1967. Segundo o Exército, os drones carregavam explosivos, e foram lançados do por milícias pró-Teerã. A ação ocorreu em meio à ofensiva israelense no , e três dias depois do lançar cerca de 200 mísseis contra Israel, .
'Beirute é o inferno na terra':
Retaliação:
Um dos drones, afirmam os militares, chegou a ser abatido pelos sistemas de defesa aérea, mas o outro atingiu a base. Além dos dois militares mortos, dois sofreram ferimentos graves, e precisaram ser removidos para instalações médicas.
Em comunicado, a Resistência Islâmica no Iraque disse ter lançado três drones contra as Colinas de Golã e Tiberíades, na região do Mar da Galileia. A organização, que reúne várias milícias pró-Irã no país árabe, disse que continuará “operações para atingir as posições inimigas de forma acelerada”.
Forças israelenses nas Colinas de Golã são frequentemente atacadas de posições no Iraque, Síria — onde forças pró-Teerã também estão presentes — e do Líbano, partindo do . Em julho, e levou .
O território foi ocupado por Israel em 1967, logo após a Guerra dos Seis Dias, em um movimento considerado ilegal pela lei internacional e não reconhecido por boa parte da comunidade internacional. Uma das raras exceções é o governo dos EUA, que em 2019, com na Casa Branca, passou a considerar as Colinas de Golã como parte de Israel, . O reconhecimento continuou mesmo depois da chegada de ao poder, em 2021.
Análise:
Os ataques de milícias aliadas de Teerã contra Israel não são uma novidade, mas dentro do contexto da guerra em e, mais recentemente, da ofensiva contra o Hezbollah no Líbano, as ações sinalizam a disposição desses grupos para atacar posições israelenses, .
Nesta sexta-feira, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou em discurso que Teerã e seus aliados “não recuariam nem mesmo com a morte de seus líderes”, se referindo ao assassinato do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, durante um bombardeio contra Beirute há uma semana. Khamenei defendeu ainda a decisão de lançar quase 200 mísseis contra Israel, na terça-feira, dizendo se tratar de uma operação “em resposta aos crimes hediondos cometidos por essa entidade criminosa sanguinária”, disse ele.
Khamenei ainda conclamou os países de maioria muçulmana, “do Afeganistão ao , do Irã até Gaza e Líbano”, para que se unam contra o que chamou de “inimigo comum”, se referindo a Israel.
— Nosso inimigo é um — disse Khamenei. — Se suas políticas estão semeando as sementes da divisão em um país, elas podem prevalecer e, uma vez que tomem o controle de um país, elas se movem para o outro.
Hashem Safieddine:
Também nesta sexta-feira, a imprensa do Iêmen relatou ataques aéreas contra posições da milícia houthi na capital, Sana, Dhamar e no aeroporto de Hodeida, uma importante cidade portuária na entrada do Mar Vermelho.
Os integram o “Eixo da Resistência”, e desde outubro do ano passado, quando o grupo terrorista realizou ataques contra Israel, e quando teve início o conflito na , tem atacado navios na região do Mar Vermelho — —, e conduzido ações diretas contra o território israelense.
Em julho, um drone do grupo atingiu um prédio residencial em Tel Aviv, a mais de 2 mil km do Iêmen, e deixou um morto. Em resposta, EUA, e Israel fazem bombardeios recorrentes contra a milícia, deixando dezenas de vítimas e causando estragos em terra.
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