Alagoas
Peritos oficiais participam da formação dos novos delegados da Polícia Civil
A integração entre as Polícias Civil e Científica
tem proporcionado excelentes resultados em investigações e no esclarecimento de
vários crimes. O que pouca gente sabe é que essa interação começa nas salas de
aulas dos cursos de formação de todos os profissionais que escolhem ingressar
nessas instituições.
A mais nova parceria entre as forças da segurança pública é a participação de dois peritos oficiais da Polícia Científica de Alagoas (Apocal) no curso de Formação para Delegados da Polícia Civil. O curso iniciado esta semana, permitirá aos 120 integrantes das turmas conhecer as atividades desenvolvidas pelos Institutos de Criminalística e Médico Legal no estado.
O perito criminal André Braga é um dos representantes da Polícia Científica que está ministrando aulas sobre criminalística. Ele explicou que na disciplina dele estão sendo abordados os conceitos, objetivos e fundamentos do tema numa carga horária de 12 horas por cada turma de formandos.
Além de mostrar como identificar, preservar e encaminhar vestígios, abordagem de locais de crime e solicitação de exames periciais. Os futuros delegados também irão conhecer o trabalho da Polícia Científica e acompanhar estudos de casos para aprimorar os ensinamentos.
“Uma vez que a lei exige o exame pericial nos crimes que deixam vestígios, e eles são muitos e com variados impactos sociais na segurança da população, torna-se imprescindível que o futuro delegado, ao final do curso, domine os conhecimentos, as atitudes e habilidades para viabilizar a produção da prova material contribuindo significativamente para a persecução penal”, explicou o perito, citando o artigo 158 do Código de Processo Penal (CPP).
O outro integrante da Polícia Científica que irá participar da formação dos novos delegados é o perito médico-legista Diogo Nilo do Instituto Médico Legal Estácio de Lima. Serão oito horas aula nas três turmas com temas relacionados à medicina legal, mostrando para eles o que há de intersecção entre a atuação do delegado e o trabalho realizado pelo IML.
“Irei apresentar em sala de aula, como são realizadas as atividades no IML, desde os exames cadavéricos, até os de lesão corporal, e de crimes de abuso sexual, mostrando os modelos de requisições que o delegado terá que emitir, os quesitos que a equipe consegue ou não responder. Irei mostrar também como funciona o protocolo de identificação humana, atrelado à antropologia e odontologia legal, papiloscopia, até chegar ao exame de DNA,” detalhou o legista.
Visitas técnicas
Além das aulas na Escola do Governo, Diogo Nilo e André Braga confirmaram que conseguiram inserir na programação do cronograma das aulas, uma visita técnica de cada turma às sedes do IML e IC de Maceió. Essa atividade programada extraclasse permitirá aos alunos conhecerem de perto como esses órgãos funcionam na prática, quais são as limitações e o que se pode produzir que vai contribuir na prática do dia a dia deles.
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